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  • Rumores e apostas: o que está sendo esperado no segmento de motos para 2011

    Muitos modelos a desembarcar por aqui

    Harley-Davidson Forty-Eight
    Com o anúncio de que o Grupo Izzo e a Harley-Davidson Motorcycles chegaram a um acordo depois do imbróglio judicial que atrapalhou os lançamentos da marca no Brasil em 2010, os fãs (e são muitos) aguardam ansiosamente por novidades. Bem que a primeira delas poderia ser a bela Forty-Eight (48), integrante da família Sportster e equipada com o motor Evolution de 1.200 cc. Com clara inspiração na escola hot-rod – veículos das décadas de 30 e 40 com rodas mais largas – a Forty-Eight traz um largo pneu de 130 mm na dianteira e de 150 mm na traseira. Tem ainda paralamas “cortados”, ou seja, mais curtos que os usados nos outros modelos da linha Sportster. Além de reviver o estilo hot-rod, a Forty-Eight traz de volta o lendário tanque “peanut” (amendoim) que equipava os modelos mais antigos da família. Com vocação urbana, agradaria aqueles que querem uma moto urbana para rodar com estilo na cidade.

    Bimota DB8
    Apesar da exclusividade da marca, a Bimota lançou no exterior em 2010 a DB8 para ganhar volume de vendas. O modelo biposto equipado com motor Ducati de 170 cavalos abdicou das peças de fibra de carbono e titânio e adotou o alumínio e plástico na confecção de sua nova roupagem para ficar “um pouco” mais acessível. Lá fora custa 20.000 euros, mais de 10% a menos que outros modelos da fábrica. Com materiais menos nobres, porém com a mesma alma esportiva, a DB8 seria um ótimo lançamento para os fãs de motos esportivas em 2011 no Brasil.

    Yamaha FZ8
    A naked FZ8 substituiu a linha FZ6 na Europa, posicionando-se como esportivas de média cilindrada com especificações mais top de linha e motor mais potente. Deixando a linha XJ6, à venda Brasil, como opção mais acessível aos motociclistas.  Há rumores de que a marca dos diapasões traga a FZ8 para enfrentar a Honda Hornet e a Kawa Z 750. Os motociclistas esperam que sejam verdadeiros. Afinal, a FZ8 traz um novo motor de 779 cm³ com quatro cilindros em linha, duplo comando de válvulas no cabeçote (DOHC) e refrigeração líquida, capaz de produzir 106 cv de potência máxima a 10.000 rpm. Seria mais uma opção no concorrido segmento de motos naked de média cilindrada.

    Honda Transalp XL700V
    Também mostrada no Salão do Automóvel de 2010, a topa tudo Honda XL 700V Transalp já foi confirmada como um dos lançamentos deste ano. Veterana no mercado europeu, a Transalp 700 traz motor bicilíndrico em “V” de 680,2 cm³ de capacidade, refrigerado à água e com sistema de injeção PGM-FI. Gera 60 cv a 7 750 rpm e 6,12 kgf.m a 5 500 rpm. Versátil e pronto para encarar qualquer estrada, a Transalp é o sonho de qualquer motociclista que procura mais opções no segmento, além da Yamaha XT 660R e da BMW G 650 GS. Com tanque de combustível de 17,5 litros e parabrisa, a Transalp tem uma proposta mais aventureira que as concorrentes.

    KTM Duke 125
    Apesar de sua baixa capacidade cúbica, a KTM Duke 125 figura nesta lista porque o modelo deve ser o primeiro da fábrica austríaca montado no Brasil. Recentemente, a empresa emitiu um comunicado oficial confirmando que vai assumir o controle das operações no País, até então nas mãos de um distribuidor oficial e exclusivo. Lançada no Intermot 2010, a KTM Duke 125 quer atrair os jovens consumidores para a marca laranja. Equipada com um motor de um cilindro e 124,7 cm³ de capacidade, a Duke 125 tem refrigeração líquida e injeção eletrônica Bosch para produzir 15 cavalos a 10.500 rpm. Além de ser mais uma opção para quem quer começar no mundo das motos, a Duke 125 vai marcar a estreia de mais uma montadora de motocicletas no Brasil.

  • Rumores e apostas: mais novidades esperadas para 2011 no segmento de motos

    Muitos modelos a desembarcar por aqui

    Honda VFR 1200F
    A sport-touring impacta primeiramente pelo seu design futurista e já fez sua estréia no Salão do Automóvel 2010. A Honda não confirma, mas tudo indica que a VFR 1200F deve desembarcar no Brasil no segundo semestre deste ano. Equipado com um motor de quatro cilindros em “V”, com 1.273 cm³ de capacidade, a principal qualidade do propulsor é o torque disponível: mais de 13 kgf.m a 8.750 rpm, sem falar no desempenho esportivo dos 172 cv a 10.500 rpm. Comercializada em uma versão com câmbio manual, a grande novidade da VFR 1200F é mesmo o câmbio automático, com duas embreagens, o primeiro desse tipo a equipar uma motocicleta.

    Yamaha Super Ténéré XT1200Z
    A lendária big-trail japonesa renasceu em 2010 e não são poucos seus fãs brasileiros que a aguardam ansiosamente. Apesar de sua irmã menor, a XT660Z Ténéré, já ter até sido flagrada rodando no Brasil, deve ser mesmo a “Super” que vai chegar primeiro por aqui. Muitos motociclistas vão querer provar as qualidades aventureiras desta Yamaha, como tanque de 23 litros, ciclística reforçada e também acelerar o motor de dois cilindros paralelos e 1.200 cc. Sem falar na eletrônica embarcada como controle de tração, freios ABS e gerenciamento do motor. A grande dúvida é: será a nova Super Ténéré 1200 é uma rival à altura da BMW R 1200 GS? Tudo indica que a resposta virá ainda neste primeiro semestre.

    Kawasaki ZX-10R
    Uma das esportivas de 1.000 cc mais adoradas de todo o mundo, a Kawasaki Ninja ZX-10R está completamente nova para 2011. Tudo com a promessa de oferecer 200 cavalos de potência máxima – o que se confirmado será a esportiva mais potente do mundo. Além do propulsor de quatro cilindros em linha, 998 cc, a Kawa equipou a Ninja 1000 com muita eletrônica. A ZX-10R 2011 terá um inédito sistema de controle de tração projetado para o uso em circuitos. Assim como os freios com ABS, também voltados para o uso esportivo. Se seguir a mesma estratégia do modelo 2010, que chegou rapidamente ao País, a Kawasaki deve lançar em breve essa nova Ninja no Brasil. Somente um problema nas molas das válvulas, que gerou um recall das primeiras unidades no exterior, pode atrasar a chegada da ZX-10. Mas aposto que até dezembro ela já estará acelerando em nossas pistas.

    Ducati Multistrada 1200
    Outra big-trail que pode ajudar sua viagem até a Patagônia a sair do papel, a Ducati Multistrada 1200 foi mostrada no Salão da Motocicleta e deve começar a ser comercializada em breve. Além de um potente motor V2 de 1200 cc, a big-trail italiana chega com um pacote eletrônico como ajuste eletrônico de suspensão, controle de tração e freios ABS. Sem falar em um moderno sistema de modos de pilotagem que faz dessa Multistrada uma moto 4 em 1. Pelo sucesso que tem feito na Europa, essa italiana deve conquistar também muitos motociclistas brasileiros.

    BMW K 1600 GTL
    Essa grã turismo alemãs já deu as caras no último Salão do Automóvel. Tudo indica que ainda neste primeiro semestre a K 1600 GLT equipada com motor de seis cilindros em linha, 1.649 cm³ de capacidade, vai desembarcar por aqui. Os mototuristas que puderem pagar os R$ 106 mil terão o prazer de curtir os 160 cavalos de potência máxima a 7.500 rpm e 17,8 kgf.m de torque máximo a 5.500 rpm. Como é de praxe nos modelos da marca alemã, a K1600 GTL terá muita tecnologia embarcada. A começar pelo farol direcional que se ajustará de acordo com o peso da moto – piloto, garupa e bagagem – e que também acompanhará a trajetória da motocicleta em curvas. Um sistema de segurança até então inédito em motos.

  • Husqvarna deverá lançar motos para estrada.

    Agora em versão ON ROAD

    A primeira dessas máquinas usará um motor bi cilíndrico paralelo de 900cc baseado na versão Rotax de 800cc presente no modelo F800 da BMW. Agora de propriedade da BMW, a Husqvarna deve utilizar os recursos de sua dona para desenvolver novas motocicletas.

    Os detalhes das novas motocicletas on-road permanecem em segredo, mas é possível que a primeira moto seja uma Supermoto. A empresa já tomou esse caminho, como mostra o modelo STR concept, desenhado por Massimo Tamburini e revelado em 2006 – muito antes da BMW comprar a empresa. O modelo deveria, originalmente, ter o mesmo motor da F800, mas problemas com a Rotax levou a Husqvarna a colocar um motor monocilíndrico no modelo.

    A nova máquina não deve seguir o estilo do STR concept, já que a antiga proprietária da Husqvarna, a MV Agusta, retém os direitos sobre o design mesmo após a venda para a BMW. O caminho deve ser adotar as características do conceito Mille3, revelado ano passado.

  • DAFRA Motos conquistou a terceira posição no ranking nacional de emplacamentos

    Terceira em emplacamentos

    No mês de Dezembro, a DAFRA Motos conquistou a terceira posição no ranking nacional de emplacamentos, com 2,55% de share. No período, a marca registrou 23,31% de crescimento em comparação a Novembro de 2010, com mais de 5 mil unidades vendidas.

    Dentre os modelos que impulsionaram as vendas em Dezembro estão a Apache RTR 150 e Speed 150, que somaram 2.848 unidades, o que corresponde a quase 60% dos emplacamentos da marca. Com relação à Apache, foram mais de 10 mil unidades comercializadas em 2010. A motocicleta, lançada em Março do ano passado em parceria com a TVS Motor Company, saltou do 21º lugar do ranking de emplacamentos em Abril (primeiro mês completo de vendas) para a 8ª colocação no acumulado até Dezembro, figurando entre as mais vendidas do país.

    Somente no comparativo dos números de Novembro e Dezembro, respectivamente 1362 unidades e 1661, houve crescimento de 21,95%. A Dafra conquistou ainda o primeiro lugar na categoria street da 13ª edição do Prêmio Moto do Ano, realizado anualmente pela revista Duas Rodas, uma das mais importantes publicações do setor.

  • Lei que limita o transporte de criança em moto não é respeitada e nem fiscalizada

    Lei não é cumprida

    Transportar crianças na garupa é permitido pelo Código de Trânsito Brasileiro, desde que tenham idade superior a sete anos. Essa regra, no entanto, dificilmente é cumprida pelos pais que trafegam pelo centro e bairros das cidades brasileiras sem a devida preocupação do risco de serem autuados e de colocarem em risco a vida dos seus filhos. A Lei do Código de Trânsito é clara e diz que “a desobediência a esse artigo (244, item 5) é infração gravíssima. Implica multa de R$ 191,54, mais sete pontos na carteira e suspensão do direito de dirigir.”

    O problema é mais comum principalmente nos bairros das cidades. As Guardas Municipais e as Autarquias locais devem fazer blitzes educativas nesse sentido e detectada a irregularidade, o condutor da moto é autuado. É sempre importante carregarem um documento da criança para não restar dúvida quanto à idade do garupa.

    Falta fiscalização

    Embora a motocicleta tenha se tornado um dos meios de transportes mais populares do país, o aumento da frota tem preocupado as autoridades de trânsito. As próprias estatísticas do Departamento de Trânsito (Detran) apontam que a maioria das mortes nas ruas da cidade ocorrem com motociclistas.

    As condições de segurança do garupa na moto significa ter os pés apoiados na pedaleira e firmeza nas mãos e braços. Nesse ponto,  as irregularidades que os adultos cometem ao transportar crianças no meio, o chamado “sanduíche”, ou de colocar o menor na frente do condutor da moto. Todo o garupa deve estar com capacete e com refletor. No caso de crianças, deve estar ajustado ao tamanho da cabeça.

  • Moto: São Paulo a Campos do Jordão e Pico do Itapeva em Pindamonhagaba.

    Junho de 2004 – Campos do Jordão e Pico do Itapeva em Pindamonhagaba. O desafio de ir a uma das cidades mais bonitas e elegantes do Brasil e a aventura de subir a 2.070 metros de altitude. Subir a Serra da Mantiqueira numa moto no trecho de São Paulo ao Pico do Itapeva (2.070m de altitude) passando por Campos do Jordão.

    A ida pela Dutra foi tranquila apesar de sempre ter tráfego pesado. A volta foi pela Rod Ayrton Senna que é mais livre e bem mais larga, porém os postos de apoio são muito distantes um do outro. Quase 90km sem um posto de combustível.

    Mapa

    Campos do Jordão, a 178 km de São Paulo capital é um dos destinos obrigatórios para quem deseja curtir um friozinho, degustar o pinhão, uma boa cerveja bock, show gratuitos de qualidade e conhecer lugares realmente incríveis. No inverno a cidade que recebe cerca de 2.400 mil turistas por ano, recebe de uma só vez, num único feriado, cerca de 300 mil pessoas. Quem pensa que indo a Campos do Jordão vai fugir do estresse de engarrafamentos e filas pra quase tudo está enganado. Nessa época a cotidiana vida paulistana só muda de lugar. Hotéis lotados, filas para jantar, tomar uma cerveja ou um conhaque, para almoçar, para estacionar, para apreciar uma paisagem e paciência para comprar souvenires e entrar numa loja. Apesar de tudo, vale a pena ir lá, pois sempre cruzamos com gente bonita e bem vestida e com algumas celebridades. Mas algumas dicas são importantes: se você quer ir gastando pouco e livrar-se das filas e engarrafamentos deve ter, além de espírito de aventura, um bom plano de viagem. Dessa vez decidi ir de moto custom, modelo estradeira, daquelas bem ao estilo ‘Sem Destino’ (Harley Davidson) para passar um fim-de-semana. (mais…)

  • Shadow 750, Biz 125 flex e Titan flex – os lançamentos da Honda para 2011.

    A Honda começa o ano mostrando que não perde tempo e já lança novos modelos para 2011. Confira abaixo os lançamentos e algumas de suas características. A nova Shadow 750 está mais perto da da antiga Shadow 600 e cada vez mais longe do modelo 2010.


    Shadow 750 – Visual chopper e freios C-ABS

    A nova Shadow 750 está mais perto da da antiga Shadow 600
    A nova Shadow 750 está mais perto da da antiga Shadow 600

    A Shadow 750 está a seis anos no mercado brasileiro e já vendeu mais de 11.000 unidades durante esse tempo. O modelo 2011 vem com diversos atrativos, é muito mais moderno e voltado para o público jovem. O novo design, e a versão com freios Combined-ABS são os principais diferenciais da nova Shadow 750.

    A antiga Shadow 750 firmou-se no mercado com um apelo mais clássico, focado no conforto, mas sem deixar de lado a sofisticação conferida pela grande quantidade de componentes cromados. A tendência “Chopper” na realidade nunca diminuiu e este modelo tem sim suas vantagens e uma delas é a pilotagem. A posição de pilotagem ficou muito mais confortável e ergonômica, principalmente por conta da maior distância entre eixos, do novo guidão mais alto e mais estreito e ao novo assento, com 650 mm de altura do solo. Além disso, o pneu dianteiro de 21’’ garante mais agilidade e estabilidade, tanto em retas como nas curvas. (mais…)

  • Minha vida numa moto: 2005, uma viagem solo de Fortaleza à Salvador

    Outubro de 2004 – A preparação da  viagem solo.

    O primeiro passo foi escolher o trajeto, mas antes disso precisava conhecer a moto em todos os aspectos: pilotagem, mecânica e limites. Neste último ponto repousa o mais importante. Decidi pela rota Fortaleza – Salvador por ser uma rota com alternância de trechos longos e curtos, com estradas movimentadas e trechos desertos, bons pontos de apoio e pontos sem apoio nenhum, segura em alguns trecos e horários e insegura quanto a assaltos em outros trechos e anda por ser um desafio de médio porte em se tratando de realizá-la solitariamente numa moto de baixa cilindrada. Seriam 3.400 quilômetros de aprendizagem, emoção, liberdade, disciplina e determinação. Fiz um curso de mecânico profissional, ainda em São Paulo, pois morava lá e havia retornado a pedido da empresa havia uns três meses. Consegui o manual de serviços da moto, uma Mirage 250cc fabricada pela Hyosung e montada no Brasil pela Kasinski a qual personalizei como uma Harley. O manual de serviços é aquele que os mecânicos usam para se orientar quanto a defeitos, reparos, sintomas, regulagens e calibrações.

    Passo seguinte foi treinar em trechos curtos de até 250km nos trechos de ida. Estes treinos ajudaram a posicionar melhor a coluna, aprender a se defender de trânsito pesado e dos ventos laterais e frontais, deslocamentos de ar provocados pela passagens de carros pesados, chuva, descobrir horários bons e os ruins, praticar a média horária, autonomia, equipamentos de segurança e ferramental, inclusive peças.

    A outra etapa estava relacionada a disciplina. Essa parte estava ligada a horários e limites para sair, desenvolver, evitar e parar. Cada etapa desta é muito importante para se atingir os objetivos. Junto com isso precisava relacionar as peças de reserva, kit de primeiros socorros e vestuário adequado. Teria que escolher a tática certa para a estratégia estabelecida.

    Passada a fase de preparação, passei ao segundo passo que foi estudar detalhadamente a estrada e os trechos para definir quando e onde parar.Pesquisas e informações, mapas, meteorologia confiável com previsão segura para 5 dias e incluir no trecho horas de parada e um ponto alternativo de pernoite  caso uma pane levasse mais que três horas para ser resolvida, pois uma premissa seria não rodar à noite. Se isso fosse necessário o faria em último caso mas apenas para chegar a um lugar seguro.

    Não cair. Não forçar o equipamento. Não exagerar e não esquecer a disciplina. Não acidentar-se e acima de tudo chegar vivo e inteiro, tanto eu quanto a moto e no prazo estabelecido. Era importante lembrar sempre que estava só e que contava apenas comigo mesmo e com Deus, pois qualquer outra ajuda poderia ser perigosa de aceitar e se aceitasse e tudo desse certo seria contar com o fator sorte. Como sorte é a soma de preparação com oportunidade, estaria tranquilo se fizesse a minha parte.

    Pode parecer estranho, mas o motociclismo, mesmo em grupo, é um esporte solitário. Ainda que viaje com uma garupa, quase nenhum diálogo é trocado fora do estritamente essencial. É olhar e curtir sem perder a atenção e a concentração. Costumo dizer que não existe prazer sem proteção e a liberdade impõe limites e a aventura nada mais é do que escolher um objetivo, traçar metas e chegar no prazo acertado. Parece irresponsabilidade, mas a verdadeira aventura é totalmente formatada na responsabilidade do esportista, no controle e na visão de que cada etapa alcançada nos conduz ao objetivo final.

    Depois de estudado o mapa e avaliado os trechos, o próximo movimento seria definir os pontos de parada. Defini que seria possível andar por 8 ou nove horas seguidas para cobrir trechos de 700km diariamente.

    A minha planilha diária de rotinas estava dividida da seguinte forma:

    Dormir às 21:30
    Acordar às 4:30 da madrugada.
    60 minutos para higiene pessoal e café da manhã.
    30 minutos para arrumar a bagagem, conferir vazamentos, estado dos pneus, freios, óleo de freio e motor e possíveis falhas.
    30 minutos para abastecer a moto e pegar dinheiro se precisar.
    30 minutos para estar saindo da região metropolitana da cidade e assim evitar o trânsito pesado.

    Na chegada:

    60 minutos para estacionar a moto em local seguro, descarregar a bagagem e descansar para baixar a adrenalina e sentar as idéias.
    60 minutos para lavar e revisar a moto. Conferir parafusos, estado geral da máquina,  reapertos necessários de braçadeiras, porcas e parafusos. Verificar vazamentos e estado dos pneus.
    Mais 60 minutos para higiene pessoal e um bom jantar.
    Até as 21:30hs aproveitar para confirmar a meteorologia e conferir o estado da estrada do dia seguinte conversando com pessoas que estavam em trânsito no sentido contrário ao meu.
    Passar uma mensagem para os amigos da lista informando um breve resumo do dia.
    Dormir bem e acordar no horário. Não esquecer que amanhã tem mais 08 ou 09 horas de viagem.

    Sábado, 29 de janeiro de 2005 - Começou a viagem!

    (mais…)