O que Coco Chanel, Thomas Edison, Nikola Tesla e Santos Dumont têm em comum?
O que Coco Chanel, Thomas Edison, Nikola Tesla e Santos Dumont têm em comum? Ao escrever essa série de colunas sobre esses grandes mestres eu fiquei a me perguntar: O que mudou no mundo depois que eles apresentaram suas invenções? Tudo aconteceu no final do Século XIX e início do Século XX e antes da Primeira Guerra Mundial. Chanel criou a moda e com ela o conceito de acessórios, estilo e por conseqüência uma indústria que é hoje uma das mais lucrativas do mundo. Edison trouxe a luz e com ela a possibilidade de fazer funcionar máquinas. Apresentou-nos ao som portátil e, a partir dele, a indústria fonográfica (que também movimenta o showbis), o cinema sonoro e por ai vai.
Tesla nos deu a energia alternada e mesmo não tendo realizado seu sonho de fornecer energia grátis a toda humanidade, ainda assim, conseguiu um meio de dar mais força a essa energia e fazê-la chegar a qualquer lugar do mundo. Trouxe o rádio, o mais formidável e antigo meio de comunicação de massas eletrônico onde não se precisa ser alfabetizado para saber o que acontece no mundo. Ora, imaginem os senhores que antes do rádio as informações precisavam ser impressas ou dramatizadas e boa parte da humanidade, ainda pouco afeita às letras, necessitava de alguém que as lesse por elas.
Dumont acreditou nas visões de Verne e realizou o sonho de Ícaro ao fazer o homem voar e com isso encurtou distâncias, aproximou pessoas e foi a partir dele que Yuri Gagarin pôde definitivamente resolver uma questão secular entre a Ciência e a Igreja ao dizer lá do alto que “a Terra é azul!”; redonda e achatada nos pólos.
É inimaginável hoje um mundo como o de Marco Pólo, onde a China parecia algo inexistente, surreal e Shanadu uma miragem. Pois é, mas, naquela época, nos anos 1200 D.C, tudo o que se sabia era o que contavam os viajantes. Homens sem-cabeça e com olhos no estômago, tribos que usavam pés-grandes para se proteger do sol, dragões alados, serpentes gigantes e o Japão, (a Terra do Sol Nascente)uma antiga colônia Mongol que recusava-se a obedecer o Grande Khan e que ninguém sabia ao certo que tamanho era e se realmente existia pois, o KHAN levou duas belas surras dos futuros japoneses.
Pensavam que a Europa era o centro do mundo e descobriram que a China era muito mais evoluída. É inegável as contribuições dos povos ao crescimento da humanidade. A vacina, a penicilina, a pólvora, a bússola, o astrolábio, o petróleo, perfumes, especiarias e tantas outras, mas nenhuma se compara ao que foi criado pelos quatro fantásticos. Na realidade, a associação e a transformação fizeram prodígios até na culinária. Um dos pratos mais populares no mundo e o campeão de audiência nas mesas paulistas, a famosa pizza, na realidade é uma solução italiana montada com ingredientes mexicanos (tomate), especiarias (índia) e as sobras do almoço (itália). Tem mais: a velha e boa macarronada da nona também é assim. Porém no lugar da massa de pão da pizza entra o macarrão chinês. Esses quatro fantásticos nos trouxeram a força do design, da luz, da energia e da globalização. Tudo que veio a seguir tem pelo menos três dessas invenções na sua base.
Os computadores e todos os seus geeks, a internet e tudo que se relaciona a ela tem os 4 elementos. Tem luz e energia, som, design e voa! O que seria da nossa comunicação sem o satélite? Mas você pode dizer: “Mas, Sucupira… e o petróleo?” Todos nós sabemos que o petróleo é mais uma comodidade e uma imposição do que realmente uma necessidade absoluta. Já temos outras fontes confiáveis e renováveis de energia, mas se um dia os motores a hidrogênio vierem a ser comercializados será por que o petróleo acabou ou a Terra está acabando de vez. Caso contrário, os trilhões de dólares que movimenta os milhões de empregos que mantêm diretos e indiretos, as guerras que já provocou (Mr. Bush!) poderiam literalmente detonar uma onda de caos mundial muito pior que uma peste assassina.
Mais importante que o petróleo é a água. Se alguém me perguntasse qual investimento seria o melhor e de mais baixo risco eu responderia: Hidrogênio e Água. A água já custa mais que o preço do litro de gasolina. Faça as contas: 1 litro de água x 1 litro de gasolina. Detalhe importante: o custo de prospecção de água é infinitamente menor. Quanto ao hidrogênio… bom, ele está ao seu lado todo dia e deverá ser a que substituirá o petróleo.
Nada do que chamamos de tecnologia gira sem que, pelo menos, uma dessas invenções esteja por trás.
A moda tem as suas quatro estações. O design é algo obrigatório hoje em dia. A energia elétrica, seja acumulada ou fornecida na tomada é hoje imprescindível. Indispensável é também fazer os mais pesados que o ar subirem e descerem trazendo gente, coisas e sei lá mais o quê.
Hoje a expressão AC/DC está presente em tudo. Nas fontes de notebooks, nos computadores de todos os tipos e tamanhos, cores e estilos.. Ops! Falei de estilo… Sim, e por que não dizer moda. Esse conceito a tecnologia também abraçou, pois é moda ter um celular ‘assim’, um note ‘assado’, um smartphone da marca tal, um Vaio, um APPLE, um Civic, uma Ferrari, enfim, até a mais careta das tecnologias hoje já se preocupa com o belo, agradável de ver, sentir e usar. É preciso energia para produzir o luxo e queimar o lixo e ainda precisamos voar, a jato, para poder sair do planeta em busca de novos mundos.
Antes existia a dúvida para saber onde era o fim da Terra. Hoje a nossa dúvida é maior: há vida fora da Terra? Até agora nada comprovado, apenas que ainda existe água em Marte e onde existe água….
Vamos aguardar na anunciação tecnológica o dia em que os novos quatro fantásticos surgirão para nos conduzir a um admirável mundo novo, só que desta vez, para fora deste planeta. Ou não.