Abraciclo revisou para baixo as previsões sobre o mercado de motocicletas em 2016
A associação que representa as principais montadoras de motos no Brasil, Abraciclo, revisou para baixo as previsões de produção, vendas no atacado e no varejo para 2016. Em coletiva de imprensa realizada hoje, em São Paulo, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares informou que o ano deve fechar com negativos 13,7% na montagem das motocicletas para o mercado brasileiro em relação a 2015. As vendas no atacado, na mesma comparação, devem retrair 14,3% enquanto no varejo deve recuar 16,7%.
Em números absolutos, a queda na produção, segundo previsão da Abraciclo, passará de 1.262.708 em 2015 para 1.090.000 este ano. Nas vendas ao atacado, a queda deve ser de 1.189.933 no ano passado para 1.020.000 este ano e, no varejo, as vendas devem recuar de 1.224.597 em 2015 para 1.020.000 em 2016.
No primeiro semestre do ano, produção de motocicletas no Brasil, comparada ao mesmo período do ano passado, registrou queda de 33,4% no primeiro semestre de 2016, para 464.357 unidades. Em junho, foram produzidas 81.387 unidades saíram das fábricas, recuo de 11,8% em relação a maio e queda de 30,4% na comparação com junho do ano passado.
Nos mesmos períodos avaliados acima, as vendas recuaram 26,8% no primeiro semestre, com 469.581 emplacamentos. Em junho, foram 73.343 motocicletas licenciadas, queda de 4,3% ante maio e retração de 27,5% em relação a igual mês de 2015. As vendas no atacado (das fábricas para as concessionárias) caíram 31,4% na primeira metade do ano, com 452.368 unidades. Em junho, foram 77.548 unidades comercializadas, contração de 11,1% na variação mensal e de 23,3% na variação anual.
Somente a exportação apresentou números positivos no semestre de 2016. De janeiro a junho, crescimento de 70,7% em relação ao mesmo período de 2015, para 31.134 unidades. Os embarques registrados só em junho somam 7.657 motocicletas, alta de 36,6% ante o volume de maio e de 39,8% na comparação com o sexto mês do ano passado.
Segundo o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, a alta não reflete o aumento real de vendas já que as exportações para Argentina, principal destino dos veículos de duas rodas produzidos no Brasil. Somente nos últimos meses foram derrubadas algumas barreiras argentinas para esses produtos brasileiros.
Apesar dos números negativos, Fermanian disse que o setor continua otimista com o mercado brasileiro com a retomada da economia depois das questões políticas atuais forem solucionadas.
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