Pesquisa da Unisys revela brasileiros como campeões no uso de redes sociais
Brasileiro é mesmo um povo naturalmente adepto das redes sociais. Essa é a constatação da pesquisa “Consumerização de TI” patrocinada pela Unisys e conduzida pelo IDC que confirmou que os brasileiros estão à frente de outras regiões do mundo no uso das redes sociais e de ferramentas, como a tecnologia VoIP, tanto para atividades pessoais quanto para o uso no trabalho.
O estudo “Consumerização de TI”, patrocinado pela Unisys, foi realizado em duas fases em vários países do mundo. No Brasil, entrevistou 301 trabalhadores usuários de aparelhos existentes no mercado (celulares, smartphones, palms, laptops etc) e redes sociais (blogs, Twitter, Facebook etc) das seguintes cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, Salvador e Fortaleza e ainda cerca de 100 executivos de diversas empresas localizadas no país. Globalmente, o estudo entrevistou aproximadamente 650 tomadores de decisão na área de TI em 10 países. As entrevistas fizeram parte de uma pesquisa global com 2820 funcionários de 10 países.
Segundo a pesquisa o Facebook e o My Space são usados por 15% dos brasileiros tanto para temas pessoais como para atividades ligadas ao trabalho. Nos Estados Unidos, este número cai para 3% e na Europa para 6%. Na Austrália/Nova Zelândia, este número é de 5%. No Brasil, 20% usa o Twitter para trabalho e questões pessoais. Nos Estados Unidos, Europa e Austrália/Nova Zelândia, apenas 3% utiliza para ambas as razões.
Skype
Com relação a tecnologia VOIP como o Skype, por exemplo, é amplamente usada pelos brasileiros também para questões pessoais e de trabalho, tanto que cerca de 32% dos iWorkers afirmaram utilizá-la. Nos Estados Unidos, apenas 7% utilizam este tipo de comunicação, enquanto na Europa este número é de 16% e na Austrália/Nova Zelândia é de 17%. Cerca de 19% dos brasileiros afirmaram acessar páginas de redes sociais ao menos uma vez ao dia para trabalhar enquanto 3% dos americanos, 7% dos europeus e 5% dos entrevistados da Austrália e Nova Zelândia indicaram utilizar estas ferramentas.
O uso nas empresas
O estudo feito pela Unisys também constatou que vários funcionários brasileiros afirmam ter a autorização de suas empresas para acessar sites na Internet que não estão relacionados ao trabalho, postam em blogs por razões pessoais e armazenam dados e arquivos pessoais nos computadores do trabalho durante o expediente. Entretanto, na outra ponta, as empresas, indicam que estas atividades não são permitidas na mesma proporção dita pelos funcionários. Ou seja: a turma dá um jeito de usar sem que o patrão perceba.
Pesquisa Ibope mostra que Internet no Brasil cresceu 5,9% em agosto
Segundo o Ibope o total de pessoas com acesso no trabalho e em residências chegou a 51,8 milhões, o que significa uma evolução de 6,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Do total de pessoas com acesso, 41,6 milhões foram usuárias ativas em agosto de 2010, crescimento de 5,9% sobre o mês de julho e de 11% na comparação com agosto de 2009.
Considerando o uso da internet em todos ambientes (trabalho, residências, escolas, lan houses, bibliotecas e telecentros), o número de pessoas com acesso foi de 67,5 milhões, no quarto trimestre de 2009. Na navegação somente em ambiente domiciliar, o número de usuários ativos cresceu 12% no período de um ano e chegou a 32,3 milhões em agosto de 2010. A maior parte desse aumento ocorreu entre usuários de conexões de mais de 512 Kb.
Publicidade online: 1.489 campanhas em agosto
Segundo o AdRelevance, serviço do IBOPE Nielsen Online que mensura a publicidade online, no mês de agosto foram anunciadas 18 campanhas de serviços de banda larga na internet brasileira por meio de 95 peças publicitárias de cinco diferentes anunciantes. A maior parte dessas campanhas concentrou-se entre os dias 9 e 22 de agosto. De acordo com o BuzzMetrics, ferramenta do IBOPE Nielsen Online de monitoramento de discussões em redes sociais, as palavras que mais acompanham expressões como “instalei banda larga” e “assinei um plano de velocidade” são termos como “dúvida”, “roteador”, “problema”, “preciso” e “ajuda”, principalmente em fóruns de informática.
De acordo com o AdRelevance, o grupo de sites que publicou o maior número de campanhas na internet brasileira no mês foi a subcategoria Notícias, da categoria Notícias e Informações. Sites dessa subcategoria divulgaram 1.489 campanhas em agosto, promovidas por 609 anunciantes.
Categorias
A categoria de sites com maior crescimento percentual do número de usuários únicos no trabalho e em residências, em agosto de 2010, foi Automotivo, com aumento de 14,1%, atingindo 9,3 milhões de pessoas. Foi seguida pelas categorias Educação e Carreiras (12,7%), Ocasiões Especiais (8,4%), Família e Estilos de Vida (7,8%), Governo e Entidades sem Fins Lucrativos (7,4%) e Notícias e Informações (7,1%).
Essas pesquisas só confirmam que o internauta está cada vez mais pesquisando na internet antes de decidir o que fazer tanto sobre produtos como sobre pessoas. Portanto, quanto maior a preoupação com o conteúdo, melhor será o resultado em termos de audiência e de resultados em campanhas publicitárias. Por outro lado, ter o filme queimado na web é quase um caminho sem volta. Este é o caso da mais nova briga da apresentadora Xuxa contra o Google onde uma uma Liminar ordenou ao buscador a retirada dos resultados sobre apresentadora. Segundo a liminar, referências do nome Xuxa ao termo ‘pedófila’ renderiam multa de R$ 20 mil. Segundo informado pelo Google a sua ferramenta de busca não é capaz de apagar páginas sobre Xuxa da web. Apesar da liminar, as buscas do Google pelos termos “xuxa pedófila” seguem remetendo a cerca de 52 mil resultados, além de mais de 21 mil fotos da apresentadora, a maioria retirada do filme “Amor, estranho amor”, de 1982 em que ela aparece nua com um garoto.
A internet ainda é um território neutro para a liberdade de expressão em todos os sentidos. Aquilo que poderia ser escondido pela mídia convencional, por conveniência ou por medo de problemas, na Internet a coisa funciona de outra forma. O fato é que as redes sociais, onde o brasileiro é campeão, são um terreno fértil para outra paixão dos brasileiros que é saber mais sobre a vida dos famosos e por que não dizer: dos outros.
Tomara que esse tipo de situação não seja mote para tentarem amordaçar um espaço livre (que cresce todo mês) e que deve permanecer assim para a nossa garantia de liberdade de acesso a informação.