A Triumph Street Scrambler está agora mais segura e mais fácil de conduzir, pronta para encantar qualquer motociclista
A apresentação da “Baby Bonnie”, que aconteceu em Portugal há algumas semanas, a Triumph apresentou aquela que agora, com a promessa de uma Scrambler 1200 a ser lançada no mercado em 2019, também já poderei chamar de “Baby Scrambler”.
O termo “baby” é apenas uma simpatia, já que ambas estas Triumph se portam como motos adultas, perfeitamente capazes de encantar qualquer motociclista.
Concretamente, relativamente à Street Scrambler, que mantém a essência da versão lançada em 2017 e que então tinha também tido oportunidade de testar, as novidades apresentadas agora pela Triumph são mais do que justificadas, e revertem a favor de um comportamento dinâmico mais sofisticado que permite maior exigência tanto à ciclística como ao motor, retribuindo com um elevado nível de diversão.
Começando pelos novos freios, que exibem agora na roda dianteira uma pinça Brembo de 4 pistões, apesar de continuar a existir apenas um disco simples, a capacidade de travagem foi substancialmente melhorada.
A suspensão, a forquilha, apesar de continuar sem afinação, também foi atualizada e conta com um sistema de cartucho, pelo que mostra agora um comportamento muito mais sólido que reverte a favor de uma maior confiança na condução. Os amortecedores traseiros mantêm afinação da pré-carga.
O motor também foi alvo de atenções e além de mais leve, a sua rotação aumenta mais facilmente até um regime mais elevado, que lhe rende mais 10 cavalos de potência.
Além disso, a Boneville Street Scrambler apresenta acelerador eletrônico com 3 modos de motor: Chuva e Estrada, como na Street Twin, e um Off-Road, modo que permite anular o controlo de tração, e desligar o ABS, para uma utilização em pisos excessivamente escorregadios, onde ter controle da roda traseira se traduz numa grande vantagem.
Mas a Street Scrambler é sobretudo uma moto estradeira que não tem pretensões a enduros radicais. Podemos lavá-la a praticamente todo o lado onde seja possível ir de moto, limitados apenas a uma suspensão com um curso de “apenas” 120mm, mas seu excelente desempenho em asfalto, sobretudo em estradas de curvas.
São 5 marchas, em que a 5ª é basicamente uma “overdrive” destinada a autoestrada, torna a sua condução bastante íntima, e bastante interessante, sobretudo em montanha, onde a sua suavidade e precisão são excepcionais.
Mas o prazer de condução não está resumido aos aspectos mecânicos, apesar de o som do motor constituir uma fantástica banda sonora em qualquer cenário.
Como pontos menos positivos, apenas a posição de condução em pé, afectada pelos tubos de escape, que obrigam a algum cuidado com o joelho direito. De resto, a qualidade de construção e acabamento é de muito bom nível, completamente isenta de ruídos e vibrações.
O seu preço em Portugal é a partir de 10.700,00 €, e as revisões alargadas a 16.000km são fatores importantes para quem gosta de fazer contas.
Os consumos são ligeiramente superiores, relativamente aos oficialmente apresentados para a Street Twin, e foram-me justificados pelos técnicos da marca pela maior velocidade de passagem dos gases no escape de posição elevada, e também devido à utilização de uma roda de 19 polegadas na frente.