IBL:4 de cada 10 notes vendidos no Brasil são ilegais
Números divulgados nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasil Legal(IBL), fundado por empresas em 2005 com a intenção de combater a pirataria, mostram que em 2008 a Receita Federal registrou a importação de 152.537 notebooks pelas três fabricantes líderes do ramo. O número efetivo de vendas dessas mesmas empresas, porém, indica uma grande diferença: 728.972 unidades.
As estimativas envolvendo as três marcas indicam uma sonegação de US$ 291,15 milhões, segundo o IBL. No mercado em geral, a sonegação pode ter atingido US$ 656,5 milhões, segundo o estudo. A Receita Federal apreendeu aproximadamente 500 notebooks ilegais em grandes redes varejistas do país, durante a Operação Gray.
Uma das propostas defendida pelo IBL é a contratação de empresas que instalariam scanners em portos e aeroportos. Os scanners funcionam como uma espécie de raio-X das cargas. O problema é que custam cerca de R$ 8 milhões cada, o que praticamente inviabiliza a compra e manutenção pelo Governo.
O Brasil Legal estima que entre 30% e 35% dos computadores circulam de maneira ilegal no Brasil, índice que pode chegar a 40% no caso dos notebooks.
Outra rota de produtos ilegais é a fronteira do Brasil com o Paraguai. Essa situação pode se agravar com a “Lei dos Sacoleiros” que, segundo a IBL, pode prejudicar a indústria brasileira ao dar benefícios às mercadorias vindas do Paraguai, oficializando aquele país como um corredor de importação de produtos acabados oriundos da Ásia, para concorrer de forma desigual e desleal com os produtos aqui fabricados.
Em 2008, a Receita Federal apreendeu o equivalente a R$ 52,45 milhões em produtos ilegais, dos quais R$ 47,62 milhões eram relacionados a produtos eletrônicos.