Quer saber por que aquela entrevista de emprego furou ?
Seriam as redes sociais o ambiente mais apropriado para se conhecer melhor um candidato?
Esta parece ser a tendência do mercado quando se trata de contratar algumas pessoas. Muitos que não sabem por que não foram contratados e que apesar de possuírem um belo currículo nem mesmo para uma entrevista foram chamados, agora podem ter uma explicação: as comunidades presentes nos seus sites de relacionamento. Muito parecido com o velho ditado – “Diz-me com quem andas e te direi quem és!” Ou pelo menos quem “podereis ser”. As empresas se renderam ao hábito de utilizar redes, como o LinkedIn, em busca de potenciais candidatos. Também é feito o acesso ao Orkut, Twitter e Facebook para achar mais informações sobre os candidatos em processo seletivo.
Renato Grinberg, diretor Geral da Trabalhando.com.br e especialista em mercado de trabalho faz um alerta. Para ele isso pode ajudar a conhecer melhor as preferências e algumas características do candidato. Mas, por outro lado, “o conteúdo colocado na maioria das redes de relacionamento são para fins pessoais e informais, o que pode não retratar precisamente a postura que o profissional adota em um ambiente de trabalho. Outro fator importante é que essas investigações online podem gerar certos preconceitos no primeiro contato e até desperdiçar a oportunidade de se contratar potenciais talentos para a empresa. “Finaliza.
Mas nem tudo deve ser levado ao pé-da-letra. O especialista recomenda que se uma pessoa faz parte de grupos que denigrem sua imagem profissional como, por exemplo, grupos chamados “Eu não gosto de trabalho” ou “Eu não gosto de acordar cedo”, isso permite que a empresa descarte esse candidato de imediato, pois no mínimo, lhe falta bom senso. O fato dos jovens terem fotos com os amigos bebendo ou se divertindo de uma maneira que nem sempre é apropriada para um ambiente profissional deve ser vista de forma menos preconceituosa. Não se deve tirar conclusões precipitadas. É possível conhecer o perfil das pessoas e saber se elas estão adequadas à vaga por meio da entrevista pessoal ou dinâmica de grupo.
Grinberg ressalta que se as empresas decidirem pelo uso das redes sociais para esse fim, “aconselho que façam em um momento posterior à última etapa da entrevista, depois de conversar com os candidatos pessoalmente. Isso para que o preconceito e a formação de opinião por esse método sejam evitados.”Alerta. O grande questionamento é a ética e a invasão de privacidade. A partir do momento que uma pessoa divulga fotos, vídeos e informações sobre sua vida por vontade própria nas redes sociais, ela está exposta, pois essas informações são públicas e podem ser acessadas por qualquer pessoa em todo o mundo. Mesmo assim as informações disponíveis em rede não devem ser as primeiras a serem consideradas para uma tomada de decisão sobre qual o melhor profissional e o que ele pode oferecer para o mercado de trabalho.
E você,o que acha?
As empresas tem direito de investigar a vida dos candidatos que concorrem a uma vaga ou até mesmo de seus funcionários?