Setor de fliperama despenca no Japão, com ascensão do Wii
O setor japonês de videogames, que movimenta 6,9 bilhões de dólares ao ano, foi seriamente abalado pelos novos avanços nos videogames, em especial o imensamente popular Nintendo Wii, a mais recente moda a competir pelo tempo e pelo dinheiro da garotada japonesa.
Ao contrário de muitos países, nos quais a ascensão do Sony PlayStation, nos anos 90, arruinou o setor, no Japão os fliperamas mostraram mais resistência, ajudados por uma maior variedade de máquinas e pelo alto movimento do tráfego de pedestres nas cidades lotadas.
Mas agora algumas das maiores cadeias de fliperamas decidiram fechar muitas de suas lojas.
O Wii, lançado no final de 2006, introduziu jogos inovadores que fazem com que os jogadores saltem de um lado para o outro ao simular boxe, esqui e outros esportes.
Isso roubou dos fliperamas uma das vantagens mais importantes que costumavam deter sobre os aparelhos domésticos –o fato de que eram melhores para os jogos que requerem grande atividade, como o Dance Dance Revolution, grande sucesso da Konami, dizem analistas.
Mas a dificuldade não deriva apenas do Wii. Com as TVs de tela larga que chegaram aos domicílios de todo país e os jogos com recursos gráficos avançados amplamente disponíveis, a experiência que um fliperama tradicionalmente oferecia pode ser reproduzida sem dificuldade em casa.
Os analistas também estimam que a vasta maioria das crianças e adolescentes japoneses disponham de aparelhos de videogame portáteis como o Nintendo DS ou o PlayStation Portable.