Motonline: Teste comparativo entre as Suzuki Yes 125 e GSR 125S
Quem tem um pouco mais de “experiência” (para não chamar ninguém de velho), lembra das antigas Honda Turuna ou Yamaha RDZ. Era o início da década de 1980 e naqueles tempos de restrição à importação de motos e componentes, as fábricas se viravam para ter no mix de produtos modelos diferentes. Então a Honda tinha 3 modelos de 125 cc: a básica CG, a luxuosa ML e a esportiva Turuna. No caso da Yamaha, eram a básica RD 125 e a esportiva RDZ 125.
GSR 125S tem spoiler no motor e carenagem no farol; a GSR 125 tem a frente clássica e mais leve.
A Suzuki com as GSR 125 e GSR 125S faz lembrar essa mesma estratégia. Na verdade, a Suzuki (J. Toledo da Amazônia – JTA) não dá muita explicação sobre suas decisões e lançamentos, mas ao apresentar estas duas motos em setembro de 2012, ficou a sensação clara de que a Yes 125 seria descontinuada. “As duas continuam em linha” foi a informação categórica e a Suzuki então tem na sua linha de motos 4 modelos com 125cc: a custom Intruder 125 e as três street: Yes 125, GSR 125 e GSR 125S.
Preços são das versões mais completas: com partida elétrica e freio à disco
É certo que estas motos possuem algumas características mecânicas e ciclísticas distintas, mas os preços são muito próximos – R$1.200,00 de diferença entre a mais barata (Intruder) e a mais cara (GSR 125S) – e o desempenho do motor também é semelhante entre todas. Então a conclusão parece óbvia, ao menos quanto à estratégia da JTA: “Se o consumidor quer uma 125cc, ele vai encontrar na Suzuki”. Se fosse simples assim, a Suzuki estaria liderando o segmento, mas os números não mostram isso, apesar da boa presença da marca entre as pequenas street.
Frente mais pesada exige ajuste diferente para a frente da GSR 125S
As duas motos avaliadas são basicamente as mesmas. As únicas diferenças entre elas ficam por conta da pequena carenagem que traz embutido um farol mais moderno, o guidão em duas peças pintadas e o spoiler sob o motor para dar um ar mais esportivo, tudo na GSR 125S. Mas toda a mecânica, suspensões, freios e motor das motos são iguais – até a altura do guidão é a mesma, permitindo a mesma postura do piloto – de forma que estamos falando essencialmente da mesma moto.
Outros detalhes como na Yes 125 também estão presentes nesses modelos: rodas de liga leve com acabamento diamantado e pneus sem câmara, freios a disco dianteiro em todos os modelos, espelhos, proteção do escapamento e várias outras peças, inclusive parafusos, cromados. Tudo isso e um olho de gato na lateral dianteira destaca um capricho diferente de outras marcas com modelos semelhantes.
E não fica só na aparência. Sentando nela você percebe a generosidade do banco que oferece bom apoio com conforto. O motor, que conta com um sistema dinâmico de eliminação de vibração, permite rodar em todas as faixas de rotação com um mínimo de vibração onde nem nos espelhos se observa. Isso demonstra um bom trabalho da engenharia neste motorzinho.
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