TESTE HONDA NC 750X
Honda NC 750X
No mesmo dia do lançamento dela tivemos a oportunidade de sair com uma unidade para teste. Do briefing e apresentação do modelo foram destaques a nova suspensão dianteira com o sistema SDBV (Showa Dual Bending Valve) que atua em diferentes situações: a primeira nos impactos maiores para oferecer mais resistência e estabilidade. Na segunda, sob impactos menores e de menor velocidade no movimento da roda, ela oferece menos resistência para maior conforto.
Outros destaques foram o sistema de iluminação em LEDs e novo compartimento de carga sob o banco, entre novidades menores mas que de fato deram nova vida para a moto.
Nova vida também dá os três anos de garantia que a fábrica agora oferece, pela primeira vez numa moto acima de 300cc. Além dos 3 anos de garantia, o modelo vem com um serviço exclusivo de assistência 24 horas, gratuito, válido para o mesmo período da garantia que pode ser utilizado no Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile.
Novidades
De roupa nova ela ficou mais atualizada no visual, com cores contrastantes. As rodas em tom claro deixam uma imagem mais limpa que contrasta com áreas em preto e as grandes laterais do “tanque”. Esse que funciona na verdade como um grande bagageiro, ainda mais que sobre ele há previsão para fixação de mochila que facilita muito nas viagens, podendo-se deixar o banco do garupa livre para os abastecimentos, porque sob ele fica o bocal do tanque.
Andando com ela percebemos o novo ronco que sai do escapamento agora triangular, dá mais emoção. Na verdade ela toda está mais emocionante. Acelera mais e anda melhor nas estradas de terra ou asfalto ruim, por causa dos pneus mais aptos a esse tipo de terreno e em velocidade se mantém com a mesma firmeza para o piloto.
Ela está mais estável nas retas mas um pouco mais limitada nas curvas, por causa justamente dos pneus. A vantagem é que em percursos ruins ele não transfere tantos impactos ao piloto. Seja por causa do sistema SDBV ou por causa dos pneus, o fato é que ficou bem melhor o seu uso nas estradas de terra e asfalto de má qualidade, tão comum nas nossas vias.
Motor
O motor, mesmo da versão 2015 aparenta ser mais potente, mas é impressão por causa do seu ronco que emociona mais. A economia permanece inusitada, mantém-se na faixa de 26 km/litro, média que você vai encontrar apenas em motos de potência e cilindrada muito menores.
O para-brisa maior também tem “culpa”. Há menos ruído no motor e também do vento, que passa limpo por ele, sem fazer tanta turbulência.
Freios
Nova pinça dianteira permite mais progressividade na atuação mas a sensibilidade ficou um pouco prejudicada, está mais difícil a modulação. Mesmo sendo disco único não se percebe nenhuma tendência à torção nas bengalas. Na traseira não há mudanças e o funcionamento é inquestionável, muito bom.
Chassi e suspensão
O chassi agora é feito com tubos de aço alto carbono, que aumenta a resistência mecânica. A regulagem em sete posições do amortecedor traseiro facilita ajustar a suspensão à carga da moto, mas é necessário ferramenta para fazer o ajuste.
Mesmo sem ajustar a pré carga a progressividade da suspensão traseira é suficiente para suportar um eventual garupa, em viagem curta. Nessa condição é possível rodar com ela, sem grandes exageros.
A geometria e distribuição de massas já estão consagrados desde o lançamento, com a motorização de 700cc. Agora as alterações mostram que a NC 750X se tornou um projeto maduro, já se pode dizer que é um sucesso. Também no motor com as alterações que fizeram dele um pouco menos radical nesse novo conceito. Desde o modelo de 2015 ele responde até uma rotação um pouco mais alta, com um pouco mais de potência que o motor de 700cc. O modelo 2016 continua nesse conceito onde se busca maior “usabilidade” da motocicleta. Prioridade ao torque, grande conforto e enorme economia.
Soma-se tudo isso à roupa mais atual, luzes em LED com marcante eficiência do farol: você tem ai uma moto muito racional que oferece bons resultados em qualquer aspecto analisado.
| Ficha Técnica – Honda NC 750X | |
| MOTOR | |
| Tipo | 745 cm³ OHC, dois cilindros em linha, quatro tempos, quatro válvulas por cilindro, arrefecido a líquido |
| Potência máxima | 54,5 cv a 6.250 rpm |
| Torque máximo | 6,94 Kgf.m a 4.750 rpm |
| Diâmetro x curso | 77 mm x 80 mm |
| Alimentação | Injeção eletrônica de combustível PGM-FI |
| Sistema de lubrificação | Forçada por bomba trocoidal |
| Relação de compressão | 10,7 : 1 |
| Sistema de ignição | Eletrônica |
| Sistema de partida | Elétrica |
| TRANSMISSÃO | |
| Embreagem | Multiplos discos em banho de óleo, com acionamento mecânico |
| Câmbio | Câmbio de seis velocidades constantemente engrenadas |
| Transmissão final | Por corrente |
| SISTEMA ELÉTRICO | |
| Bateria | 12V – 11,2 Ah |
| Farol | LED |
| CHASSI | |
| Tipo | Tubular, com barras periféricas, motor fazendo parte da estrutura |
| Suspensão dianteira | Garfo telescópico com 153,5 mm de curso e sistema SDBV |
| Suspensão traseira | Mono amortecida Pro-Link com 150mm de curso, ajustável na pré carga da mola |
| Freio dianteiro | Disco simples com Ø320 mm e cáliper de dois pistões e ABS |
| Freio Traseiro | Disco simples com Ø240 mm e cáliper de pistão simples e ABS |
| Pneu Dianteiro | 120/70 – ZR 17 MC (58W) |
| Pneu Traseiro | 160 / 60 – ZR 17 MC (69W) |
| DIMENSÕES e PESO | |
| Comprimento | 2.228 mm |
| Largura | 844 mm |
| Altura | 1.353 mm |
| Distância entre eixos | 1.534 mm |
| Peso seco | 210 Kg |
| Altura do assento | 832mm |
| Altura mínima do solo | 164mm |
| Capacidade do tanque | 14,1 litros 2,9 litros para reserva) |
| óleo do motor | 3,7 litros (3,1 litros para troca) |
| Preço FIPE junho/2016 | R$ 33.130,00 |

















