Eu fui salvo por um doador! Salve uma vida, seja doador! Por Joaquim Veras
Joaquim Veras, Gangsters do Asfalto
Sempre fui saudável desde a infância, Comecei no atletismo aos 11 anos, fiz ciclismo e triátlon, fui militar por 2 anos e fiz musculação. Porém, uma assassina silenciosa estava à espreita acompanhando-me, a pressão alta. Desde os 17 anos sabia que tinha pressão alta que era controlada por medicamentos, errei ao não manter o controle devido com visitas periódicas ao médico. Aos 44 anos de idade de forma súbita fui internado e o diagnóstico de insuficiência renal crônica no meu melhor momento profissional foi um choque terrível.
Três são as causas principais para a insuficiência renal, pressão alta, diabetes e acidentes com choques violentos. Foram quase 3 anos de hemodiálises, manutenção da vida que nem todos suportam.
Mas qual a razão deste relato ???
Fiz os exames para o transplante renal de um doador que teve morte cerebral e que a família em um gesto de solidariedade no momento máximo de dor que um pai e/ou uma mãe não desejam passar. Fazemos parte do mundo motociclístico, temos amigos sobre duas rodas, muitos têm filhos sobre duas rodas, aproveitamos o que de melhor esse meio pode nos proporcionar. E recebi um rim de um motociclista falecido aos 23 anos de idade em acidente de moto ao bater em um poste no meio de uma curva.
Faço essa narrativa para amigos e no meio que frequento para alertar os cuidados que devemos ter tanto na prevenção da pressão alta como em evitar acidentes na condução da motocicleta.
Existem estudos do percentual dos doadores de órgãos sendo que a maioria são motociclistas, não encontrei o número preciso mas certa vez o percentual de 80 a 85 % era exposto em um estudo feito nos hospitais de São Paulo e Ceará.
Amigos, espero que esse depoimento possa auxiliar nossos amigos motociclistas sobre a importância de ser um doador de órgãos.