ONG propõe elevar a idade mínima para crianças andarem de moto
Durante a Semana Nacional de Trânsito, a ONG Criança Segura divulgou dados preocupantes em relação ao transporte de crianças em motocicletas. Em 2014, 1.654 crianças, entre zero e 14 anos, morreram em consequência de acidente de trânsito no Brasil. Desse total, 11% estavam em motocicletas.
A legislação brasileira permite que, a partir dos sete anos, a criança possa ser passageira de motocicleta. Porém, esse meio de transporte é muito perigoso para meninos e meninas, pois eles ainda estão em fase de desenvolvimento e seus ossos e órgãos são mais frágeis que os de um adulto. Devido a essa fragilidade, são menos tolerantes a impactos e, para eles, a chance de um acidente de moto ser fatal é mais alta.
Outro problema é o uso do capacete pelos pequenos. “A cabeça de uma criança de 7 anos é menor que a de um adulto, logo o capacete deveria ser especial para essa criança e adequado ao tamanho de sua cabeça para de fato protegê-la em caso de queda. Um capacete de tamanho errado não garante proteção e é muito difícil encontrar no mercado capacetes para crianças com tamanhos menores”, diz Gabriela Guida de Freitas, coordenadora nacional da ONG Criança Segura.
Legislação
De acordo com a ONG, o alto número de óbitos infantis em decorrência de acidentes com motos se deve à falta de leis mais rígidas sobre o transporte de crianças nesses veículos.
“Apesar de a legislação permitir que a partir dos sete anos de idade a criança seja passageira de motos, a Criança Segura acredita que nessa situação elas estão muito expostas a riscos. Por isso, defendemos a aprovação de um projeto de lei que tramita no Congresso e pretende aumentar para 11 anos a idade mínima para o transporte de crianças em motocicletas”, explica Gabriela.
Com informações da ONG Criança Segura