Campanha Moto Pela Vida busca redução de acidentes em SC
Com o objetivo de chamar a atenção para a necessidade de reduzir o número de acidentes com motocicletas em Santa Catarina, foi lançada a Campanha Moto pela Vida. A iniciativa vai começar pela Grande Florianópolis, com foco no trecho da BR-101 que abrange Biguaçu, São José, Palhoça e Florianópolis. É uma iniciativa do Grupo de Trabalho BR-101 do Futuro, liderado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), e integrado pela Arteris, ANTT, CREA-SC, Deinfra, DNIT, Fetrancesc, OAB-SC, Polícia Rodoviária Federal (PRF-SC) e SENGE.
Dados da Arteris, concessionária que administra a BR-101-SC, mostram que cada 100 acidentes com motos geram, em média, 104 vítimas. Mais de um terço dos orçamentos dos hospitais dos maiores centros urbanos de Santa Catarina é gasto somente com vítimas de acidentes de moto. De cada 10 acidentados que chegam aos hospitais catarinenses, seis são motociclistas.
Conforme informações do Hospital Regional de São José, no período de 2002 a 2015 houve crescimento de 52% no número de atendimentos de vítimas de acidentes com motocicleta, que representam 37% do atendimento total na emergência do hospital. 68% dos atendimentos das vítimas de acidentes de trânsito são de motociclistas que, em média, ocupam 53% dos leitos disponíveis. Em 2015, foram realizados 267 atendimentos mensais a motociclistas acidentados, representando cerca de 9 atendimentos por dia. “Chama a atenção o grande número de acidentes de trânsito envolvendo motos, com uma quantidade expressiva de ocorrências fatais. Um trabalhador que se acidenta leva, em média, 6 a 12 meses para se recuperar de um acidente. Além disso, fica afastado do emprego e tem redução na remuneração. Enfim, há consequências para o acidentado, a família dele e a sociedade”, afirma o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, lembrando que grande parte dos acidentados são pessoas que utilizam a moto para deslocamentos para o trabalho. “Queremos valorizar a vida, e queremos que todos tenham segurança, qualidade de vida e de transporte”, completou, ressaltando que o objetivo é envolver não só os motociclistas, mas toda a sociedade, motoristas de caminhão, veículos de passeio e todos que de alguma forma utilizam meios de transporte.