Com incentivo fiscal, EMC começa a produzir no Brasil
Depois de um ano de negociações com o governo para incluir equipamentos de armazenamento de dados na Lei de Informática, a norte-americana EMC anunciou nesta terça-feira a decisão de produzir parte de seus produtos no Brasil, a partir de um contrato de terceirização com a canadense Celestica.
A EMC, que faturou 13,2 bilhões de dólares em todo o mundo em 2007, não revelou investimentos no Brasil, já que a Celestica produzirá cada equipamento a partir dos pedidos dos clientes.
A empresa, entretanto, espera ampliar sua presença entre as pequenas e médias empresas a partir da produção local, já que espera redução no preço final dos equipamentos e maior rapidez nas entregas.
“Os benefícios da produção local serão a disponibilidade mais rápida e a oferta de produtos a preços mais competitivos”, afirmou Joel Schwartz, vice-presidente mundial da EMC, em encontro com a imprensa.
Com a inclusão dos equipamentos na Lei de Informática, a companhia passa a se beneficiar de incentivos fiscais, como isenção de PIS e Cofins, na produção local. Em contrapartida, ela passa a ter de investir cerca de 5 por cento de sua receita bruta em pesquisa e desenvolvimento no país.
Para atender à exigência, a EMC também anunciou parceria com o Instituto de Pesquisas Eldorado, de Campinas (SP), para desenvolver produtos que possam ser usados pela EMC de forma global. De acordo com a companhia, os focos das pesquisas serão softwares de código aberto e de gerenciamento de recursos.
Neste primeiro momento, a Celestica produzirá os quatro modelos da família Clariion de armazenamento de dados da EMC em sua fábrica de Hortolândia (SP), onde também atende clientes como Palm, Kennex e HTC. A Celestica já produz equipamentos de forma terceirizada para a EMC em outros países há cerca de 14 anos.