W-CDMA aumentou em 71,3% a penetração global em 3G
A Associação global de fabricantes de aparelhos móveis, que representa os fornecedores de tecnologias GSM/HSPA e LTE, liberou no Mobile World Congress Barcelona, a sua mais recente atualização das informações de mercado que mostram que a tecnologia W- CDMA aumentou a sua penetração global em redes 3G em 71.3 % em 2008, finalizando o ano 264 operadores oferecendo este tipo de serviço e 115 países. Em Janeiro este número chegou a 264 operadoras na mesma quantidade de países.
A W-CDMA, abreviação de Wide-Band Code-Divison Multiple Access, é uma tecnologia 3G e é a única usada em UMTS – Universal Mobile Telecommunications System. Trata-se de uma tecnologia de interface de rádio de banda larga com velocidades de dados elevadas e que permite o uso mais eficiente do espectro de rádio, se comparada com outras técnicas disponíveis atualmente. Além disso, mais de 93% das redes W-CDMA comerciais também lançaram atualizações de seus serviços em banda larga para HSPA.
O levantamento da GSA Association também releva que mais de um terço destes serviços estão aptos a suportarem versões de aparelhos HSDPA, com velocidades mais rápidas e pico de até 7.2 Mbps, registrando mais de 400 novos modelos de aparelhos no mercado. Acompanhando desta movimentação, 79 operadoras de telefonia celular ao redor do mundo elevaram suas velocidades de uplink com tecnologia HSUPA, resultando 66 redes atuando em 47 países e abastecidas por 192 modelos de dispositivos móveis, dos quais um terço podendo suportar velocidades a um pico de até 5.8 Mbps.
De acordo com o relatório da GSA, 47 operadoras móveis banda larga no Hemisfério Ocidental passaram a operar com estes serviços, sendo que 1.276 novos modelos de dispositivos HSPA foram lançados para atender a esta demanda de mercado, com mais de 44% deles capazes de funcionarem na banda de freqüência de 850 MHz, freqüência amplamente utilizada nas Americas. Mais de 300 novos modelos aparelhos lançados saíram de fábrica com capacidade 3-band, podendo operar nas freqüências de 850/1900/2100 MHz, capacitando atividades globais de roaming. Este número deverá crescer rapidamente, segundo avaliação da GSA Association.
Para muitas operadoras o próximo passo é o HSPA Desenvolvido (HSPA+), arquitetura de telefonia móvel da terceira geração, definida em 3GPP versão 7. Estas redes estão sendo esperadas para entrar em operação comercial ainda no início de 2009, todas com capacidade de upload de dados a um pico de 21 Mbps, a partir da utilização da modulação 64 QAM (quadrature amplitude modulation), uma modulação digital avançada de transmissão de dados que altera a amplitude das ondas de freqüência.
Combinado com o 2×2 MIMO (Multiple-input Multiple-output, técnica utilizada em transmissões de rede sem fio, agregada ao protocolo 802.11), isto significará picos de até 42 Mbps em um futuro muito próximo, inclusive quando os novos dispositivos chegarem ao mercado com esta capacidade de comunicação.
A utilização da modulação 16 QAM para uplink ao invés de QPSK (Quadrature Phase Shift Keying, aumentará o pico de uplink para 11,5 Mbps. A utilização combinada da nova evolução do HSPA multioperadoras com o MIMO também será possível em breve. O trabalho de padronização já está em estágio avançado e visa capacitar as redes móveis para um dowload e dados com pico de até 84 Mbps e upload com picos de até 23 Mbps.
A indústria móvel está consolidando em torno do LTE (Long Term Evolution), sistema que é o passo seguinte da evolução móvel, contando com o engajamento de várias operadoras no crescimento da LTE, que é uma evolução natural de operadores GSM/WCDMA-HSPA. Contudo, também se espera que operadores CDMA sejam as primeiras a lançarem pacotes comerciais baseados em LTE. Espera-se também que estes novos serviços LTE sejam introduzidos no mercado em 2010, possivelmente em determinados mercados.