A GVT deverá posicionar-se em favor da Vivendi
Vivendi e GVT poderão celebrar parceria estratégica na área de telecomunicações no Brasil. A empresa liberou Informação Relevante comunicando aos acionistas que a oferta pública de ações anunciada pela Global Village Telecom (Holland) B.V., Swarth Investments LLC e Swarth Investments Holding LLC , anunciada no dia 19 de agosto de 2009 está cancelada.
No comunicado a empresa informa que a Vivendi assinou em 09/09/2009 um acordo com o Grupo Swarth e Global Village Telecom (Holland) BV, os acionistas fundadores e controladores da GVT (Holding) S/A (“GVT”) que permite à Vivendi lançar oferta pública amigável para a aquisição de 100% do capital da GVT ao preço de R$ 42,00 por ação, sujeita a determinadas condições.
Pelo comunicado a Vivendi e a GVT poderão tirar proveito de seus respectivos pontos fortes para permitir à GVT continuar com seu ritmo de crescimento acelerado. A experiência da Vivendi em conteúdo poderá suportar os planos da GVT de entrar em novos segmentos, como IPTV. Shaul Shani e Amos Genish continuarão a ocupar suas funções, respectivamente, como Presidente do Conselho de Administração e Diretor Presidente da GVT.
Sobre a oferta pública e a parceria com a Vivendi
A oferta pública da Vivendi seria feita a R$ 42,00 por ação, o que fixaria a valor da empresa em R$ 5,4 bilhões ou €2 bilhões. A oferta da Vivendi é condicionada à aquisição de no mínimo 51% do capital social da GVT, considerando a completa dispersão acionária do capital da empresa. Os acionistas controladores da GVT concordaram em vender à Vivendi um mínimo de 20% de participação na GVT, de um total de aproximadamente 30% que eles atualmente possuem. Os acionistas controladores ainda acordaram em votar favoravelmente à dispensa da aplicação dos mecanismos de proteção de dispersão da base acionária previstos no estatuto da GVT, em favor da oferta da Vivendi.
O lançamento da oferta pública está condicionada a algumas condições a serem completadas até 16 de outubro de 2009. Como conseqüência do acordo preliminar, a Companhia foi informada hoje pelos acionistas controladores que a oferta pública de ações anunciada no dia 19 de agosto de 2009 está cancelada.
Sobre o acordo, Jean-Bernard Lévy, CEO da Vivendi disse: “Este acordo com a GVT atende o objetivo estratégico da Vivendi de expansão entre as economias que apresentem rápido crescimento. GVT desenvolveu soluções originais e inovadoras em serviços de banda larga e já apresentou resultados muito animadores. Aguardo com entusiasmo continuar trabalhando com Shaul Shani e Amos Genish e o seu impressionante time gerencial. Vivendi dará suporte à GVT no seu contínuo crescimento rentável. Com este importante investimento e compromisso de longo prazo com o Brasil, a Vivendi pretende criar valor para seus acionistas”.
Shaul Shani, Presidente do Conselho de Administração da GVT e acionista controlador do Grupo Swarth complementa dizendo “Estar muito feliz por ter a Vivendi se juntando à GVT como um acionista estratégico. Nós vemos isto como uma grande oportunidade para agregar valor para os acionistas da GVT e pretendemos manter parte de nossa participação depois da oferta. A parceria com a Vivendi é mais um marco importante na criação de valor para os acionistas da GVT, como temos feito desde o IPO da companhia. Nós trabalharemos próximos à Vivendi para reforçar a proposta de valor da banda larga da GVT, com uma melhora substancial de conteúdo”. Amos Genish, o Diretor Presidente da GVT destaca que “A administração da companhia está entusiasmada em poder ter a Vivendi como acionista da GVT.”
Pelo comunicado, ao que tudo indica e se desenha, a GVT deverá mesmo ser mesmo negociada com a Vivendi. A ação da Telefônica, além de hostil e antipática, coloca a empresa mais ainda na lista daquelas que o consumidor bem informado fará tudo para evitar.
A empresa recebeu várias manifestações através da sua Ouvidoria de clientes e não clientes contrários a qualquer forma de acordo com a Telefônica. Apesar de não confirmar que tais manifestações venham a ter algum peso, o fato de manifestar-se um dia após o agito que aconteceu por conta da oferta pública da Telefônica já é um sinal de que a GVT busca tranquilizar seus clientes e que deverá posicionar-se em favor da Vivendi.
PS – A campanha continua. Só vamos parar quando o acordo definitivo for assinado até 16 de outubro de 2009.
GVT
AZ