Abraciclo propõe Revisão da Habilitação, Fiscalização e Educação no Trânsito para Reduzir Acidentes com Motos nas Regiões Norte e Nordeste
A ABRACICLO – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares participa do XVI Congresso Norte e Nordeste de Ortopedia e Traumatologia, organizado pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Pará (SBOT-PA), entre 17 e 19 de outubro, no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, em Belém (PA), com dados estatísticos, comparativos, comentários, relato de ações e propostas para tornar a circulação dos motociclistas mais segura.
Nas atividades do evento programadas a partir das 14h do dia 17, o diretor executivo da Abraciclo, José Eduardo Gonçalves, vai proferir a palestra intitulada “Propostas e ações do Setor de Duas Rodas para redução de acidentes com motociclistas”, que trará as medidas realizadas pela entidade e suas associadas em busca da circulação mais segura dos motociclistas. Também divulgará as sugestões do Setor de Duas Rodas para se alcançar a paz no trânsito nas principais cidades do Brasil e, particularmente, das Regiões Norte e Nordeste.
O executivo abordará os resultados e desdobramentos do projeto “Causas Reais de Acidentes com Motociclistas”, um estudo científico e pioneiro na América Latina, realizado pela Abraciclo em parceria com o Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP); as estatísticas e resultados do programa MotoCheck-Up, que em 18 edições realizou a conscientização e orientação de mais de 32 mil condutores de motocicletas em Manaus/AM, Recife/PE, Brasília/DF, São Paulo/SP, Santos/SP e região do ABC Paulista; o panorama das palestras sobre pilotagem segura para cerca de dois mil estudantes do ensino público de nível técnico; os benefícios resultantes dos treinamentos oferecidos pelas montadoras para frotistas de órgãos públicos, como SAMU, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Correios; bem como propostas encaminhadas às esferas governamentais e ao Congresso Nacional para melhorias no processo de habilitação de condutores de veículos de duas rodas.
“É preciso observar que a frota de motocicletas é maior que o número de motociclistas habilitados em praticamente todos os Estados das Regiões Norte e Nordeste do País, conforme demonstram os estudos da Abraciclo, baseados em dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Além disso, nas duas regiões, é flagrante a pilotagem das motocicletas por condutores sem o uso dos equipamentos básicos de segurança e com comportamento irregular diante das normas e regras de trânsito”, comenta José Eduardo.
De acordo com o diretor, a ocorrência de acidentes envolvendo motociclistas, no entanto, não é algo específico destas duas regiões do País, já que representa uma questão nacional, que exige providências de todos os setores para que seja solucionada. “É muito importante que busquemos ações consistentes e integradas para obter a redução destes acidentes, preservando a segurança dos motociclistas. É neste sentido que a Abraciclo já propôs a melhoria imediata e o maior rigor no processo de habilitação da categoria ‘A’ (motociclistas), somados à intensificação da fiscalização de trânsito. Estas ações de curto prazo devem ser complementadas com um amplo e consistente trabalho de educação no trânsito desenvolvido continuamente, já que é fundamental para a criação de uma cultura nacional de redução dos acidentes no trânsito, baseada no conhecimento e prática dos procedimentos de prevenção”, complementa o diretor da entidade.
José Eduardo conclui que as mais variadas áreas da sociedade brasileira podem e devem promover ações integradas para a conscientização e educação no trânsito, envolvendo os atuais e os futuros condutores. “O poder público, escolas, empresas e todos aqueles que buscam e estão diretamente envolvidos com a condução de veículos com responsabilidade e segurança podem ajudar na disseminação do conhecimento e prática de condutas mais corretas e positivas, que definitivamente estabeleçam a paz no trânsito nas cidades do nosso País, como enfatiza a Organização das Nações Unidas (ONU), que estabeleceu para o período de 2011 a 2020 a Década Mundial de Ações pela Segurança no Trânsito”, finaliza o executivo.