Alarme ou rastreador? Os dois!
Muitos me perguntam sobre qual o melhor método para proteger a sua moto contra roubo, se é seguro, rastreador ou alarme. Digo que seria bom o seguro, mas ele é muito caro e com o aumento de roubo das motos ‘premium’ este tipo de proteção fica cada vez menos acessível. Portanto eu recomendo usar rastreador e alarme. Os dois juntos podem proporcionar proteção interessante e ainda poupar vocês de alguns riscos.
O rastreador, apesar de permitir localizar a moto de forma mais fácil, também possui falhas e riscos. Se você for assaltado e sua moto levada, o rastreador fará o seu papel a partir do momento que você acionar a empresa prestadora do serviço. Mas existem várias situações nas quais o ladrão pode ganhar um tempo para desmontar sua moto, achar o rastreador e sumir com ele, gerando um ‘falso positivo’ – ou seja – você acha o rastreador e não acha a moto. Uma destas situações pode acontecer, por exemplo, quando você estiver em aula ou no trabalho e o ladrão tem tempo para pegar a sua moto e sair com ela. A maioria dos rastreadores informa muita coisa sobre trajetos, etc; mas não avisa que a sua moto foi mexida ou ligada. É aqui que o alarme é importante. O ladrão vai levar sua moto, mesmo com rastreador, e se você não avisar a empresa ela nada vai fazer e assim ele terá pelo menos duas horas, tempo mais que suficiente para desmontar sua moto e retirar o rastreador.
Se você possui apenas alarme, mesmo sendo ele presencial, cuidado, pois esta proteção já está bem manjada pelos bandidos. Eles pedem o chaveiro ou deixam um ladrão com você enquanto o outro dá a volta no quarteirão. E o resto você já sabe. Se você mentiu, leva bala.
Eu recomendei ao cliente a seguinte ação: Instale o alarme presencial e o sensor de presença deixe junto da chave. Isso mesmo! Instale um rastreador cuja mensalidade gira em torno de R$ 59,00 (valores de dezembro de 2013) e instalação em torno de R$ 200,00 e, junto com ele, o alarme presencial que custará algo em torno de R$ 280,00.
Mas por que os dois juntos?
Imaginemos o primeiro caso onde você está em aula ou no trabalho e um ladrão resolve escolher a sua moto para roubar. Neste caso o alarme presencial vai fazer o trabalho dele ao cortar a ignição da moto e não deixar que ela saia do estacionamento ou que vá muito longe. Em caso de assalto o alarme não vai servir, então, entregue a moto com chave e chaveiro e depois acione o serviço de rastreamento.
Os ladrões sempre terão um antídoto para tentar desativar as proteções contra o roubo da sua moto, mas você pode dificultar acrescentando mais proteção. Esta sugestão além de reduzir os riscos de sair ferido ou seriamente machucado por conta do alarme presencial, vai permitir proteger sua moto quando o rastreador estará no momento mais vulnerável.
Resumindo, o alarme serve para tirar do ladrão o tempo que ele precisa para desmontar sua moto e retirar o rastreador. Em caso de assalto o alarme de nada vai servir e é nesse momento que o serviço de rastreamento vai entrar em ação após ter sido acionado por você.
Uma última recomendação é preferir alarmes e rastreadores que possuam os recursos de desligamento por ausência de movimento. Este tipo de aparelho se desliga dois minutos depois, caso a moto esteja parada e com motor desligado. Caso haja uma movimentação qualquer ela irá ligar o dispositivo, realizar check de sensores e dispositivos e informar à central. Se for alarme irá buscar o sensor, se este não tiver próximo irá disparar o alarme. Este recurso de autodesligamento por parada total economiza bateria e evita que ela venha a se desgastar mais rapidamente em caso de não utilização da moto por um longo período.
Mais importante que a sua moto é a sua vida e por isso nunca reaja. Entregue a moto, afaste-se e deixe levar. Se você possui os dois sistemas vai ter grandes chances de encontrar a sua moto ou de nem tirarem ela do lugar.