Alto risco eleva seguro da moto
Segundo odiario.com, o número de motos e motonetas cresceu 61,7% em Maringá nos últimos cinco anos. Em dezembro de 2005 havia 32.651 motocicletas emplacadas na cidade. Até outubro deste ano, já havia 52.792 emplacadas e a grande maioria circula vulneráveis a furtos, assaltos e acidentes sem a proteção de seguro. Não bastassem esses riscos, a possibilidade de perda total, quando se envolvem em colisões, é 80% maior se comparada ao carro. Todos esses fatores somado ao perfil do condutor elevam o custo do seguro e tornam o serviço ainda pouco atrativo.
Segundo a assistente de Seguros Raquel Paula Moura, da RPS Administradora e Corretora de Seguros, o alto custo do seguro para quem contrata o serviço explica por que pouquíssimos contratos são efetivados. Em sua avaliação, quando houver um equilíbrio entre oferta e procura o valor vai cair, pois haverá mais pessoas para o rateio das despesas. Hoje, o valor do seguro equivale a 38% do valor da moto. Com base nesse percentual, um modelo popular avaliado em cerca de R$ 6 mil, vai gerar um seguro superior a R$ 2 mil. “Ainda é tão pequeno o interesse por seguro de moto, que a seguradora chega a fazer dez de carros e um ou nenhum de moto”, afirma.
Mas há casos, ainda que raros, em que pagar um seguro caro ainda sai mais barato. É o caso de um dos clientes da carteira de Raquel. “São clientes na faixa de 50 anos de idade, com motos acima de 500 cilindradas, muitas delas importadas que custam por volta de R$ 50 mil”, descreve. Um deles foi assaltado à mão armada, há dois anos, em um semáforo. “Ele comprou outra e hoje paga 6,9 mil de seguro, mas vale a pena porque o risco é enorme”, alerta. Mas, a medida que cai a idade do condutor o valor pode chegar a R$ 12 mil. “O seguro ainda é caro porque pouquíssimos o fazem”, conclui.