CAUSOS DE ESTRADEIRO: Um cozidão diferente…
Em uma das minhas idas e vindas pelo interior do Ceará, em um determinado município cearense tive a oportunidade de apreciar alguns lanches bem exóticos.
A história começa em uma cidade situada aproximadamente 100 km de Fortaleza, vamos aqui omitir os nomes, as localidades e datas a fim de preservar todos os envolvidos e evitar qualquer tipo de constrangimento.
Por ter desenvolvidos algumas ações educacionais ligadas às atividades de aventura junto a “Cia da Aventura”, que era um grupo por formado de amigos que se propunham a difundir as atividades de aventura de forma consciente e responsável, fui convidado a ministrar um curso de atividades de aventura e recreação para um curso de formação de profissional. A natureza da temática, por despertar interesse de várias pessoas, inclusive de municípios circunvizinhos, teve uma grande adesão e assim formou-se uma turma bem empolgada pela discussão do tema. Era uma época onde muitos despertaram para algum tipo de aventura, tal como: Trekking, off-road, voo livre, rapel, mountain-bike, etc. Por não residir no município e a maioria dos alunos desenvolverem algum tipo de relação profissional durante o dia, as discussões teóricas sempre ocorriam noite.
Para finalizar o curso, estava programada uma atividade ao ar-livre: o rapel.
Fizemos uma pequena oficina de rapel em sala de aula mesmo, onde mostramos o funcionamento de alguns equipamentos, nós, cuidados que devíamos ter e mencionamos que no dia da prática seria bom que cada aluno levasse bastante água e um lanche leve. Recomendações feitas enceramos a aula e marcamos o dia da pratica do rapel.
O lugar escolhido foi uma pequena ponte que passava por cima de um rio, um lugar belíssimo. Muitas fotos, muitos sorrisos, muitas mãos tremulas durante o rapel, tudo normal para um dia de lazer e aventura em uma bela paisagem. Após a atividade realizada, resolvemos recolher o material fazer um lanche descansar um pouquinho e começar a caminhada de volta. No lanche, quase almoço, apareceu de tudo. Frutas, sanduiches, sucos e um baião de dois com um cheirosíssimo cozido. É verdade, um grupo de alunos resolveu levar um almoço completo. Improvisamos uma mesa com uma toalha aberta sobre uma pedra e pronto! Nossa mesa estava pronta!!! Hummm!!!
Comemos de tudo um pouquinho, foi um momento onde praticamos, também, a divisão do que tínhamos naquele momento. Tudo estava tranquilo, até que um dos alunos, ainda se deliciando com o fabuloso cozido falou: – “adoro cozidão de gado!”, foi então que os alunos que levaram o tal “cozidão” se entreolharam, meio que desconfiados e despacharam no modo curto & grosso na velocidade ‘3’: – “gado?! Vocês não perceberam? Não era e nunca foi gado. Vocês comeram uma iguaria da nossa cidade: cozido de carne de jumento”.
O pânico só não foi maior porque realmente estava muito gostoso.