Crédito atinge R$ 199,3 bilhões, segundo balanço mensal da associação de empresas que financiam montadoras
O mais recente balanço da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras e dos Bancos das Montadoras) aponta saldo total de crédito para aquisição de automóveis de R$ 199,3 bilhões, em setembro de 2011. O resultado registrado no período aponta um crescimento anual de 7,2%, e de 13,3% frente ao mesmo período em 2010.
A linha de crescimento da carteira segue a tendência já demonstrada desde o início do ano, quando as medidas macroprudenciais do Banco Central começaram a surtir efeito na projeção de aumento do saldo de financiamento de veículos. No entanto, a Anef mantém a meta estipulada para 2011.
“Os números seguem positivos e mantemos a projeção de crescimento próximo de 10% do crédito para aquisição de veículos neste ano”, afirma Décio Carbonari de Almeida, presidente da Anef.
Das opções de financiamento, o CDC (Crédito Direto ao Consumidor) registrou R$ 167,3 bilhões, alta de 33,3% no mês de setembro, comparado ao mesmo período em 2010. Já o leasing segue em queda e representa R$ 32 bilhões do restante da carteira, um descenso de 36,4% frente a setembro do ano passado.
Com relação ao PIB, o saldo de crédito para aquisição de veículos manteve a mesma média de 5,0%, o que representa 10,3% do total do crédito do Sistema Financeiro Nacional e 32,0% do total do crédito destinado a pessoas físicas.
Em setembro de 2011, o saldo do crédito bancário brasileiro atingiu o valor de R$ 1,929 trilhão, passando a representar 48,4% do PIB (estimado em R$ 3,986 trilhões), um crescimento de 3,0 pontos percentuais frente a setembro de 2010.
Taxa média de juros cai e inadimplência sobe
Desde o mês de maio deste ano, a média das taxas de juros mensais praticadas pelas associadas da entidade (taxa Anef) vem demonstrando leve queda. Enquanto junho fechou com 1,58% a.m, setembro apresentou números que chegaram a 1,53% ao mês. Conforme a tendência de 2011, o saldo de inadimplência no CDC de veículos para pessoa física, acima de 90 dias, atingiu a marca de 4,4%.
Planos de Financiamentos
Os planos médios tiveram relativa estabilidade nos últimos meses. Nos novos contratos, os planos de financiamento fecharam com a média de 42 meses, sendo que o prazo máximo oferecido permaneceu em 60 meses em setembro. No mesmo período do ano passado os prazos eram de até 72 meses.