Fábrica de semicondutores Intel: Onde estão os cientistas?
Nesta terça-feira, 04, a Intel lançou a sua nova estratégia de mercado onde a prioridade é marcar a identidade da companhia. A proposta é mostrar que a Intel é uma empresa muito além do PC, que conta com uma equipe de mais de 40 mil funcionários e atenta ao desenvolvimento econômico, cultural e social.
“Falta educação, falta
mão-de-obra qualificada, há uma
burocracia imensa. Nossas fábricas
exigem um uso intensivo de
tecnologia. Não é só ter
incentivo fiscal.”
Oscar Clarke, Presidente Intel.
Ontem(04), o presidente da Intel, Oscar Clarke, aliás, levou ao presidente Lula, um posicionamento da indústria brasileira. Segundo Mazaro, não adianta conceder benefício fiscal apenas para o hardware. “Existe uma cadeia. A escola precisa de luz, precisa de um servidor, precisa de rede, precisa de telecomunicações. E todos esses serviços têm uma forte carga tributária, como ainda o tem o hadware, apesar dos incentivos da Lei do Bem”, coloca o diretor da Intel. “O dinheiro ajuda. Impulsiona e acelera projetos como o de Piraí, onde havia condições para que as escolas recebessem computadores. Estavam preparadas para usá-los”, disse.
E antes que a Intel venha a ser cobrada com relação à fábrica de semicondutores no país – um velho sonho do governo – o executivo foi bastante realista. “Falta educação, falta mão-de-obra qualificada, há uma burocracia imensa. Nossas fábricas exigem um uso intensivo de tecnologia. Não é só ter incentivo fiscal. E tem mais: as unidades são globais. E temos que preparar esse terreno, hoje, não existente no Brasil. Onde estão os PHDs, onde estão os cientistas?”, indagou o diretor da Intel.