Nova Vulcan chega sem ter concorrentes
As rodas de liga leve, o discreto escape dois-em-um, as barras horizontais do quadro e o grande radiador ali na frente reforçam a aparência modernosa. Nada a ver, portanto, com as atuais Vulcan 900, que preservam o estilo clássico das custom e que são as herdeiras diretas das Vulcan 500, 800 e 1.500 da década de 90.
Motor multiuso
O mesmo motor da trail Versys 650, da naked ER-6N e de sua versão carenada Ninja 650. Com 649cm³, 61cv de potência e 6,4kgfm de torque, tem faixa de uso estreita e é feito para girar alto, impressionando mais pela velocidade do que pela arrancada — justamente o contrário do perfil dos motores V2 das custom tradicionais.
O painel de instrumentos tem apenas um relógio, com conta-giros analógicos em cima e mostrador digital embaixo, exibindo velocidade, hodômetros total e parciais A e B, e ainda informações relevantes como o consumo médio.
O conjunto é coerente com o preço. A moto custa R$ 27.290 (ou R$ 31.490 com ABS) — não tem rivais diretas. No degrau de baixo jaz a solitária Dafra Horizon 250, de R$ 17 mil e características bem inferiores. Acima, as mais próximas seriam Suzuki Boulevard 800, de R$ 36 mil, Yamaha Midnight Star 950, de R$ 40 mil, e Harley Iron 883, de R$ 43 mil! Deu saudades da Shadow VT 600 e da Yamaha XV 535 Virago? Não se preocupe: acelere a Vulcan 650, a nova Kawa tem as virtudes das veteranas e mais algumas.
Pilotagem sem esforço
São apenas 70cm de altura do banco ao solo, o que favorece pilotos e pilotas de baixa estatura. A Vulcan é versátil: passa bem por espaços esguios e seus retrovisores, embora altos (mas eficientes em sua função), não conflitam muito com os dos automóveis.
O motor é preguiçoso em baixos giros. A partir de rotações médias já fica desinibido. O câmbio, a embreagem é leve e não exige esforços.
Nas curvas o comprimento e o entre-eixos curtos proporcionam ótimas trajetórias. A ideia preconcebida de que motos custom não fazem curvas, na Vulcan não vale.