O futuro bate à nossa porta II
por Mário Sérgio Figueredo | 25.05.2013 Motonline
Desde muito tempo que cientistas tentam materializar as idéias criadas no mundo da ficção, destinadas ao nosso entretenimento através das telas de cinema ou da televisão. Mentes brilhantes que conseguem imaginar coisas que num futuro próximo podem vir a a se tornar realidade.
Em 1968, Stanley Kubrik imaginava que em 2001 as telas de computador seriam com as das foto, mas a realidade superou a ficção pois em 2001 já usávamos o Windows
Cito como exemplo o filme 2001 – Uma Odisséia no Espaço, onde Stanley Kubrik, em 1968, numa época em que os computadores ainda ocupavam andares inteiros, vislumbrou os computadores como os PCs que conhecemos, definindo até a forma física dos mesmos, design que foi seguido no mundo real.
Fato curioso desse filme foi que a evolução tecnológica real chegou a superar a ficção. As telas de computador do filme mostravam que em 2001 as telas teriam fundo preto com, apenas, letras e desenhos brilhantes, tal qual as usadas antes do Windows. Mas a realidade em 2001 superou a ficção e neste ano já usávamos as telas amigáveis oferecidas pelo sistema operacional Windows que a Microsoft utiliza em seus produtos até os dias de hoje.
Projeto de uma moto aérea já elaborado, apenas aguardando a descoberta de algum sistema anti-gravitacional
Esse clássico do cinema foi um filme que norteou muitas pesquisas do mundo científico por muito tempo, motivando uma legião de cientistas a trazer para o mundo real as maravilhas tecnológicas idealizadas no filme. E o resultado decorrente dessas pesquisas foi a evolução monumental que presenciamos em termos de comunicação e transferência de informação, servindo inclusive como ferramenta essencial para o desenvolvimento tecnológico em tantas outras áreas, desde simples aparelhos eletrônicos até naves espaciais fabricadas pela NASA.
Seguindo esse raciocínio, outro sonho antigo dos cientistas é criar um sistema que permita a eliminação do peso de corpos sólidos, fazendo com que estes levitem, flutuando no ar.
Essa idéia vem sendo pregada pelo cinema e pela TV também há muito tempo. Uma das primeiras séries em que a levitação fez parte da trama é criação dos estúdios Hanna Barbera, no desenho animado Os Jetsons, de 1962, onde uma família do futuro vive em uma cidade aérea e o seu meio de transporte é um veículo dotado de sistema anti-gravitacional, acoplado a pequenos propulsores a jato.
Depois disso vieram inúmeras outras séries comoPerdidos no Espaço, Jornada nas Estrelas, Guerra nas Estrelas e tantos outros. Um filme onde a levitação é mostrada bem claramente é Independece Day, quando a nave alienígena capturada pelo exército americano é solta das amarras e levita como se não tivesse peso algum.
Essa idéia futurista tem incentivado muitos cientistas a buscar trazer para a realidade algum tipo de mecanismo que elimine o peso dos objetos sólidos, para que possam levitar, realidade que está a apenas um passo de acontecer, lembrando que o tempo necessário para que esse passo seja dado é imprevisível, podendo demorar uma década ou 200 anos – depois da invenção da roda, o passo necessário para andarmos de automóvel demorou milhares de anos.
Já temos até trens inteiros que levitam, pesando toneladas
No caso da levitação, talvez esse sonho não demore tanto pois a ciência está andando a passos largos e de uma hora para outra algum gênio científico anuncie a descoberta. As pesquisas estão avançadas em várias partes do planeta de forma associada, ou seja, pequenas descobertas são repassadas para cientistas do mundo todo que as incorporam às suas pesquisas, acelerando dessa forma a busca por um objetivo comum. Já temos até trens que levitam e se deslocam sustentados por campos magnéticos ligados de alguma forma a uma base interligada ao solo; quando essa ligação obrigatória com o solo for eliminada, estará criado um sistema anti-gravitacional de múltiplas e infinitas aplicações.
O sonho de pilotar uma moto aérea talvez esteja muito próximo de ser realizado
Viaje um pouco e imagine uma das possibilidade que interessa a todos os motociclistas: uma moto aérea. Ao ligar o sistema anti-gravitacional, ou levitacional, bastaria acionar uma pequena turbina que empurraria a moto aérea para a frente, dando ao piloto (termo que ficaria ainda mais adequado), opções ilimitadas de direção e altura de vôo. Seria a verdadeira incorporação do espírito de liberdade que a moto já nos dá, mesmo com as suas duas rodas presas ao solo.