Suzuki apresenta moto GSR 125 em duas versões
MÁRIO CURCIO, AB | De Jundiaí (SP)
Embora as novas GSR utilizem um motor de 125 cc mais moderno e 30% menos poluente, elas ainda se parecem muito com a velha EN 125 Yes, lançada há cerca de oito anos. Os desenhos de tanque, laterais, banco e para-lama dianteiro são os mesmos da veterana. O consumidor terá dificuldade de perceber as diferenças técnicas e de estilo entre ambas, algo que já ocorre nas concessionárias quando a GSR 150i e a Yes são postas lado a lado. Segundo o diretor da empresa, João Augusto de Toledo, toda a América Latina pleiteia mais mudanças, mas a fabricante japonesa acredita que a melhor estratégia é conservar o estilo das motos.
O fato é que a ausência de novidades no segmento de entrada ou demora em apresentá-las levou a Suzuki à queda de participação. Em 2008, a empresa chegou a 7,37% do mercado brasileiro. E agora, no acumulado de 2012, detém pouco mais de 2% do mercado.
Por causa do momento ruim que o segmento de duas rodas enfrenta, com aprovação das propostas de financiamento abaixo de 20%, a direção da montadora não quis arriscar volume inicial nem mix de vendas das duas GSR 125. “Talvez meio a meio, talvez um pouco mais da versão sem carenagem, mais barata. Ainda não dá para dizer”, afirmou Toledo.
Ambas estreiam um motor de 125 cc semelhante ao utilizado pela GSR 150i, mas alimentado por carburador em vez de injeção eletrônica e equipado com câmbio de cinco em vez de seis marchas. Como vantagem técnica, tanto o de 125 cc como o de 150 cc trazem sistema de balanceamento que reduz a vibração, uma das queixas dos donos da Suzuki Yes.
A potência divulgada é de 8 kW, o equivalente a 10,87 cv. A Honda Fan 125 tem 11,6 cv e a YBR Factor, 11,2 cv. Mas a Suzuki leva vantagem ante as rivais em equipamentos. Traz de série partida elétrica, rodas de liga leve, freio dianteiro a disco, conta-giros, indicador de marcha engatada e bagageiro, itens opcionais ou indisponíveis nos modelos Honda e Yamaha citados. A J. Toledo não admite o fim da Yes, mas é difícil acreditar, pois desde fevereiro o modelo não é produzido.