União Europeía rejeita controle da Internet.
Enquanto o Brasil segue na contra-mão do mundo quando se trata de liberdade na rede, reguladores acham desnecessária a criação de uma lei na União Européia para reforçar a neutralidade da internet. Quem também segue o mesmo caminho é o Congresso dos EUA já fez o rascunho de um Ato de Liberdade Online Global.
Membros do Parlamento europeu querem que a UE dê continuidade ao projeto, afirmando que nações autoritárias estão cada vez mais censurando a web, bloqueando sites e intimidando internautas a ponto de medidas tomadas por certos governos chegarem a desrespeitar os direitos humanos. Já a proposta de lei americana tem foco na liberdade de expressão na web e na proteção das empresas contra a coerção para auxílio à repressão. Se não é crime, não pode ser censurado.
O principal questionamento da UE é que não é necessária uma legislação específica para garantir a liberdade na web. Alguns membros não estão convencidos de que uma regra seja a melhor forma de lidar com esse desafio.Pelo mundo a internet já tem peso maior que os veículos convencionais até mesmo quando se trata de jornalistas presos.Relatório feito pela Comissão de Proteção de Jornalistas (CPJ) aponta que dos 125 jornalistas presos pelo mundo, 56 trabalham na internet. Quarenta e cinco por cento do total.
A China, pelo décimo ano seguido, é campeã absoluta em jornalistas detidos. São 28 cidadãos. Vinte e quatro deles trabalham para meios digitais. Cuba fica em segundo lugar com 21 presos, seguido por Birmânia, que possui 14.
As acusações: subversão ao governo estatal, divulgação de sigilos governamentais e ação contra o interesse nacional. Jornalistas presos por grupos não-estatais, rebeldes e ativistas não foram incluídos na lista. Se incluídos o número aumenta.O resultado alerta para a dimensão que blogs e versões digitais de impressos podem ganhar na web e a falsa sensação de que a liberdade de expressão que a rede proporciona em alguns países.