Yamaha R1M cobra R$ 169.900 para ser supermoto conectada

Yamaha R1M cobra R$ 169.900 para ser supermoto conectada

Foto-New-Shock-DedicadoApós 25 minutos na pista, hora de entrar nos boxes. Por conexão sem fio, o piloto descarrega em um tablet ou smartphone dados de desempenho como volta mais rápida, velocidade máxima, inclinação nas curvas e até pontos de atuação dos controles eletrônicos. A cena pode parecer de um campeonato profissional, mas é a realidade de quem compra a nova geração da YZF-R1M, superesportiva de 1.000 cc e R$ 169.900.

Vendido apenas sob encomenda, o modelo está mais conectado do que nunca e ainda traz visual renovado, mais potência (200 cv) e peso menor para oferecer desempenho avassalador. Assistências tecnológicas também aumentaram, a fim de ajudar o condutor a domar sua fúria.

Além do aplicativo com a telemetria, a supermoto conta com Unidade de Medição Inercial de seis eixos, o que possibilita leitura precisa de informações como posição, inclinação e aceleração. Tudo é processado por uma central eletrônica de 32 bits (mesma capacidade de videogames última geração), capaz de exercer até 125 cálculos por segundo.

Controles de tração (em nove níveis), de derrapagem lateral, antiempinada (três níveis), de largada, freios ABS (antitravamento) unificados, suspensões eletrônicas da Öhlins (com opções de regulagem) e câmbio eletronicamente assistido completam o pacote de babás.

Mais leve e potente

Focada para o desempenho em pista, a R1M carrega também heranças das competições. Visual e tecnologia são todos herdados da M1, protótipo usado pelo time oficial da marca japonesa na MotoGP, o que significa que o modelo abandonou o conjunto óptico duplo que a acompanhava há 18 anos.

Carenagem, limpa, conta com dois discretos filetes de LED para a iluminação diurna, enquanto a iluminação principal é feita por dois canhões de luz que ficam escondidos. Várias peças usam fibra de carbono, a fim de reduzir peso e reforçar o espírito das corridas. Resultado: nova geração está com 199 kg em ordem de marcha.

O porte compacto e o entre-eixos curto (1,40 metro) fazem a R1M lembrar uma esportiva menor, de 600 cc. O motor 4-cilindros recebeu mudanças em curso e diâmetro dos pistões, bielas fraturadas e até cabeçote para ficar mais compacto, mas ainda se beneficia do virabrequim crossplane e intervalo de ignição desigual, o que proporciona controle maior sobre o torque.

Alimentação com mais volume de ar também ajudou o propulsor a atingir 200 cv de potência (a 13.500 rpm) e 11,5 kgfm de torque (a 11.500 giros).

FICHA TÉCNICA – YAMAHA YZF-R1M
+Preço:
R$ 169.900
+Motor: 4-cilindros; DOHC; 16 válvulas; arrefecimento líquido
+Potência: 200 cv (a 13.500 rpm)
+Torque: 11,5 kgfm (a 11.500 rpm)
+Câmbio: seis marchas
+Alimentação: injeção eletrônica
+Dimensões: 2,05 m (c) x 69 cm (l) x 1,15 m (a)
+Peso: 199 kg (em ordem de marcha)
+Tanque de combustível: 17 litros (gasolina)

Mario Villaescusa/Infomoto

Segundo telemetria da R1M, nível de angulação nas curvas chegou a 45 graus

Na pista

Em teste no autódromo Velo Cittá, em Mogi Guaçu (SP), foi possível entender do que a superesportiva é capaz. Embora compacta, proporciona excelente encaixe, até para pilotos mais altos, e facilidade de movimentação entre as curvas.

A resposta do motor é quase que instantânea. O câmbio de seis velocidades — com as três primeiras bastante curtas — conta com ajuda do Quick Shift para subir marchas sem usar embreagem. No final da reta dos boxes, em quarta marcha, o painel marcava 238 km/h e havia fôlego para mais. A telemetria, porém, mostrou sua utilidade ao desmentir a informação e indicar 209 km/h.

Os grandes discos duplos de freio na roda dianteira, com pinças radiais, e o disco simples na traseira atuam bem em conjunto com as assistências. Mal se nota o ABS atuar, exceto quando se erra ou exageram na frenagem.

Enquanto as suspensões com ajuste esportivo mantém a moto na trajetória, os auxílios eletrônicos cuidam para que a traseira não derrape, mesmo que o piloto abuse do acelerador. usando regulagens intermediárias foi possível sentir toda a potência e ainda acelerar sem medo. Aqui está seu aspecto mais positivo: a eletrônica não atrapalha a experiência de pilotar esportivamente e chegar ao limite.

Mario Villaescusa/Infomoto

Painel de TFT, similar a um celular, tem dois modos de visualização: rua e pista

O futuro custa caro

É preciso afirmar: a concorrência terá que se esforçar para superar o elevado patamar tecnológico alcançado pela R1M, uma moto que se mostrou à frente do tempo em vários aspectos.

No Brasil, infelizmente, seu sucesso tende a ser comprometido pelo preço. Como a superesportiva só chega importada do Japão, por encomenda, a etiqueta está muito suscetível à variação cambial, podendo ficar ainda mais salgada.

Mesmo a versão R1 básica, cotada a R$ 125.900 e que não traz suspensão eletrônica nem central de comunicação (que permite fazer a telemetria), também tem custo salgado em relação às concorrentes BMW S 1000 RR (R$ 75.900) e Ducati 1299 Panigale S (R$ 89.900).

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Redação Geral

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