A placa diz ‘máxima de 80 km/h’, mas a multa sai com mais de ’60 km/h’.
Definitivamente as autoridades locais não se entendem. Pior, não se comunicam. Recentemente, no Ceará, a rodovia CE-040 que liga Fortaleza a Aracati, rota de grande movimentação turística, teve a sua sinalização vertical e horizontal alteradas.
A modificação refere-se a elevação da velocidade máxima da rodovia que em alguns trechos passou de 60 km/h para 80 km/h. Tudo seria apenas uma mudança simples se tivesse sido feita de forma articulada. A equipe que mudou a sinalização vertical e horizontal não informou a equipe de fotossensores que as novas placas já estavam lá para que eles realizassem, também, a alteração da velocidade máxima no fotossensor.
Nada disso foi feito e assim a confirmação da desarticulação entre os órgãos governamentais e seus prestadores de serviço, mais uma vez, mostrou-se com elevado grau de descaso.
ATUALIZANDO: Depois que publicamos a matéria recebemos informação de vários irmãos motociclistas afirmando que receberam a mesma multa. Uns ligaram e a multa saiu do sistema. Outros que não reclamaram pagaram a multa pois estavam de passagem por Fortaleza. A multa que o Luiz Almeida levou tem aproximadamente 30 dias e o problema ainda não foi resolvido. Ao que tudo indica a finalidade é essa mesma – ‘se colar, colou!’.
ENTENDA COMO FUNCIONA: Antes de emitirem as multas, um prestador de serviço terceirizado vai ao local onde está instalado o fotossensor e lá ‘puxa’ para o notebook a leitura de todas as multas registradas pelo aparelho. O funcionário também é a pessoa que deve informar sobre todas as inconformidades e falhas no sistema. Nada disso foi feito, o que mostra ser clara a atitude de multar de forma desonesta o usuário da via.
E assim aconteceu. Em um local onde as placas informam 80km /h e o piso também tem sinalização de 80 km/h, o motociclista Luiz Almeida, estradeiro atento, bom piloto com vasta experiência em viagens, inclusive internacionais e colaborador do Você e Sua Moto; acreditou na sinalização da via e foi multado por passar acima dos 60 km/h. O mais absurdo é que a aferição do equipamento está datada de fevereiro de 2015. Luiz informa que vai recorrer. Além do aborrecimento há ainda a perda inevitável de tempo.