ARTIGO: A Crise no modelo de negócios da Indústria Fonográfica
Impactos nos recursos materiais, humanos, financeiros e tecnológicos
Na última década a vendagem de CDs caíram em todo mundo, porém as vendas de músicas
digitais por meio da internet está crescendo cada vez mais e de forma ágil.
Segundo a Strategy Analytics através de um estudo, prevê que até 2012, a distribuição de CDs
deverá cair 40% em relação às vendas de 2010, tornando-se um mercado de apenas US$2,7
bilhões em arrecadação anual nos Estados Unidos.
Enquanto isso, a receita das lojas de músicas online ultrapassará esse valor antes do aniversário
de dez anos da iTunes Store, que acontecerá em 2013. Segundo estimativas da Strategy
Analytics, o valor arrecadado pelo segmento será de US$2,8 bilhões em 2012.
Deste total, a maior parte (39%) será composta por downloads individuais, enquanto álbuns
completos representarão apenas 32% da arrecadação geral do mercado online de venda de
músicas. Parte da receita das lojas que o compõem também virá de serviços por assinatura
(14%) e de anunciantes (12%).
Baseado na divulgação de resultados da pesquisa realizada pela revista norte-americana
Billboard, a queda das vendas de CDs na indústria fonográfica realmente existe e aumenta a
cada ano.
Os dados mostram que em 2009 foram lançados 97,7 mil álbuns. Apenas 12 venderam mais de
um milhão de unidades, em 2008, 27; em 2007; 35.
As gravadoras são responsáveis por esta situação, devido a dois fatores:
– Demora e dificuldade de adoção de um novo modelo de negócios;
– Alto valor cobrado por um CD.
Após as maiores empresas do setor tentarem interromper o crescimento da música digital de diversas maneiras, proibindo e impondo restrições como o Digital Right Management (DRM), que legalmente limitava a quantidade e duração das músicas digitais. Desrespeitando essas leis e restrições, as pessoas trocavam arquivos de músicas, utilizando a internet. As gravadoras tentavam coibir essas trocas, por meio de dispendiosos e demorados litígios jurídicos, processando civil e criminalmente qualquer site ou pessoa que infringisse o DRM.
Verificaram que esses meios eram limitadas e dispendiosas e perceberam que deveriam buscar
nas mudanças, as soluções para novos rumos, já que essas novas tendências viriam para ficar.
Houve diversos acordos com lojas virtuais, para venda de músicas pela internet. Como resultado,
tornou-se um nicho de mercado importantíssimo para o setor, representando hoje perto de 15%
do mercado.
